Conheça a moeda COMUM de 1 REAL que vale R$ 200 no país

As pessoas devem utilizar luvas para não desgastar as moedas, mantendo suas formas originais, já que assim valem bem mais que os modelos mais gastos

O mundo das moedas atrai muitas pessoas em todo planeta, inclusive no Brasil. Esses itens costumam despertar o interesse devido a suas características históricas e artísticas, figurando como objetos de desejo de inúmeros colecionadores, que se dispõem a gastar verdadeiras fortunas por peças que, teoricamente, valem bem pouco no país.

Nos últimos tempos, a busca por modelos raros e incomuns cresceu de maneira significativa no país, girando um volume financeiro expressivo. Em suma, alguns itens chegam a valer muito mais do que a população imagina. Por isso que é importante ficar atentos às notícias envolvendo moedas raras para não deixar uma boa grana escapar entre os dedos.

A saber, os itens que possuem alguma característica específica costumam valer muito dinheiro, justamente por serem peças incomuns e difíceis de serem encontradas. Entretanto, exemplares comuns também podem fazer sucesso e ganhar uma grande valorização com o tempo. Esse é o caso de uma moeda comum de 1 real, que vale muito mais do que a população imagina.

Cabe salientar que as pessoas que pesquisam, estudam e se especializam em cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico recebem o nome de numismatas. O termo também é utilizado muitas vezes para designar o ato de colecionar estes itens, ou seja, os colecionadores são chamados de numismatas.

Veja o que valoriza moedas

No Brasil, o Banco Central faz os pedidos de fabricação do dinheiro à Casa da Moeda, conforme necessidade. Em resumo, os itens são padronizados e idênticos, já que todas as imagens, formatos e tamanhos são iguais e específicos para cada valor facial.

Às vezes, alguns itens apresentam alguma falha de cunhagem e acabam se valorizando, já que se tornam raros. Como o erro não reduz a funcionalidade da moeda, que pode ser passada em negociações sem perder valor, a peculiaridade acaba tornando o item como uma peça única. E os colecionadores pagam caro por estes exemplares.

Além disso, os numismatas também buscam modelos fabricados exclusivamente para datas comemorativas, justamente por terem uma tiragem limitada. Da mesma forma, procuram itens que já saíram de circulação ou cujas unidades no país são escassas e raras. Tudo isso demonstra a dificuldade de conseguir o exemplar.

Foi o que aconteceu com uma moeda de 1 real, fabricada há 25 anos, que teve o seu valor elevado em 200 vezes, apesar de não ter qualquer erro de cunhagem ou ter sido fabricada para alguma data comemorativa. Em síntese, o item não apresenta qualquer falha, ou seja, o modelo é comum, mas a antiguidade e sua baixa tiragem elevaram significativamente o seu valor no país.

Conheça a valiosa moeda de 1 real

Nos últimos tempos, uma moeda de 1 real vem mexendo com o imaginário dos numismatas. Trata-se de um exemplar fabricado há mais de duas décadas, em 1999, e sua fama cresce com o tempo devido à dificuldade de encontrá-lo.

Confira abaixo as menores tiragens de moedas de 1 real da 2ª família do real:

  • 1999: 3,84 milhões;
  • 2014: 11,90 milhões;
  • 1998: 18,00 milhões;
  • 2016: 25,09 milhões;
  • 2005: 43,78 milhões;
  • 2002: 54,20 milhões;
  • 2021: 63,74 milhões.

A Casa da Moeda fabricou menos de 100 milhões de moedas de R$ 1 em apenas sete anos. O grande destaque foi o ano de 1999, que teve menos de 4 milhões de unidades produzidas. Em todos os outros anos, a tiragem superou essa marca, com destaque para o ano de 2008, quando houve a fabricação de quase 665 milhões de moedas de 1 real.

Essa discrepância de números evidencia a dificuldade de adquirir peças de 1999. Por isso que os numismatas se dispõem a pagar tão caro pelo item, mesmo sem possuir qualquer peculiaridade, como erro de cunhagem, por exemplo.

Moeda de 1 real
Moeda de 1 real brasileiro. Imagem: Reprodução.

Valores dos itens variam conforme estado de conservação

As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.

Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.

Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.

Confira o valor da moeda comum de 1 real de 1999, segundo o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros:

  • Flor de cunho: R$ 200;
  • Soberba: R$ 150;
  • MBC: R$ 60.

De acordo com especialistas, as pessoas devem manter as moedas armazenadas em saquinhos plásticos ou papel filme e não devem manuseá-las com as mãos nuas. O mais indicado é utilizar uma luva para que não haja desgaste do material, até porque as moedas que mantêm suas formas originais costumam valer bem mais que os modelos mais gastos.

Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas formas para vender moedas raras, como lojas especializadas e leilões, bem como grupos de Facebook e marketplaces online, isso sem contar na venda direta para colecionadores.

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