Congressistas querem auxílio emergencial de R$ 300 até 2021
O auxílio emergencial chega ao fim em dezembro de 2020. Mas congressistas defendem que o o decreto de calamidade pública seja prorrogado por mais três meses; esse decreto chega ao fim também no último dia do ano. Se o estado de calamidade pública for estendido, uma prorrogação do auxílio seria mais fácil de acontecer.
Os congressistas defendem uma nova prorrogação do programa enquanto o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não consegue tirar o Renda Cidadã do papel. Essa extensão do programa já havia sido citada no debate da comissão mista, que analisa os gastos com o combate à pandemia. O debate aconteceu no início deste mês.
Vanderlan Cardoso, vice-líder do PSD no Senado e da comissão da reforma tributária e base aliada, afirmou que é favorável à prorrogação, embora saiba que o governo de Bolsonaro é contra.
A última vez que o presidente Bolsonaro se pronunciou sobre uma possível prorrogação do auxílio foi em evento em Foz do Iguaçu, no Paraná. Na ocasião, o presidente negou mais uma vez a intenção de prorrogar o programa feito para os trabalhadores mais vulneráveis do Brasil.
Ao se mostrar contrário, Bolsonaro defendeu o trabalho e afirmou que “ninguém vive dessa forma”, ao se referir aos programas emergenciais feitos para ajudar os brasileiros durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. O presidente afirmou ainda que uma prorrogação do auxílio seria “o caminho certo para o insucesso”. “Nada mais dignifica o homem do que trabalho, é o que nós precisamos. Temos internamente os nossos problemas, ajudamos o povo do Brasil com alguns projetos, por ocasião da pandemia. Você [Benítez] fez o mesmo no Paraguai, aqui do lado”, disse ele, se referindo ao presidente do Paraguai.
De acordo com Paulo Guedes, ministro da Economia, o auxílio emergencial só voltaria a ser pago no Brasil se houvesse uma segunda onda da pandemia.