Concursos Federais: mais de 8 mil vagas serão autorizadas até julho

Expectativa é que sejam autorizadas vagas para as áreas ambiental, de educação, cultura, agrária, além das agências reguladoras.

Estão previstas cerca de 8 mil vagas para os próximos concursos federais ainda neste ano de 2023.

A informação foi dada pelo assessor especial da ministra Esther Dweck, José Celso Cardoso Júnior, do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. As novas autorizações mencionadas pelo assessor fazem referência aos pacotes de novos concursos anunciados recentemente pela ministra.

“Esclarecemos que há um conjunto de demandas por concursos encaminhadas que totalizam 8 mil vagas. Essas demandas feitas no ano passado estão em análise junto aos ministérios para a definição da quantidade de vagas que será possível abrir neste ano, considerando o orçamento previsto pela LOA 2023”, disse o assessor.

Durante encontro com entidades vinculadas ao Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), o assessor informou que o ministério está trabalhando para reforçar as estruturas do estado, priorizando a realização de concursos públicos nas áreas e órgãos com maior defasagem de servidores.

A expectativa é que sejam autorizadas, neste primeiro momento, vagas para as áreas ambiental, de educação, cultura, agrária, além das agências reguladoras.

Esse primeiro aval de autorizações irá contemplar órgãos que fazem parte da administração direta do governo federal, além de entidades diretamente relacionadas ao executivo.

Ainda durante o encontro, José Celso Cardoso Júnior destacou as nomeações dos excedentes em concursos realizados nos últimos anos e que ainda estão na validade.

“Esther já havia informado que, antes de cogitar a abertura de novos concursos, a prioridade seria pelo aproveitamento dos certames em aberto, como é o caso da CGU e da Abin, com o chamamento de 25% dessas carreiras”, disse Rudinei Marques, presidente do Fonacate.

Entre os órgãos que devem convocar mais aprovados estão o INSS, Controladoria-Geral da União (CGU), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Pacote de concursos federais 2023 deve ser lançado em breve

O pacote de concursos federais anunciado pela ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, está quase saindo do forno.

Isso porque, segundo publicação da própria ministra em seu perfil no Instagram, no dia 10 de abril, ela esteve reunida com o presidente Lula discutindo os últimos detalhes sobre o lançamento dos novos concursos.

Ao que tudo indica, as autorizações serão dadas muito em breve. “Esta semana ainda teremos mais anúncios de concursos”, disse a ministra pela rede social.

O anúncio do pacote de concursos foi feito durante entrevista aos veículos de imprensa do grupo EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

A principio, o pacote era para ter sido anunciado no dia 10 de abril, data em que foi comemorado os cem primeiros dias do governo do presidente Lula.

Segundo a ministra, já existe orçamento previsto para realização dos concursos, mas serão priorizados aqueles com maior déficit de pessoal.

“Várias áreas estão com dificuldade. Foi um período de muito desmonte, praticamente sem nenhum concurso”, disse a ministra em entrevista.

Em fevereiro deste ano, Esther mencionou órgãos federais com carência de servidores, como o IBGE e o Banco Central, e, portanto, a necessidade de novos certames.

“Desde que eu estava aqui [no governo Dilma Rousseff], eu já acompanhava áreas que tinham muita gente em abono de permanência, com risco de aposentadoria, e a reforma da Previdência em 2019 acelerou. Áreas que já estavam com risco muito grande, com 30% da folha podiam se aposentar. [Como] IBGE e Banco Central, mas tem outras também”, informou.

Ainda de acordo com a ministra até o final de 2023 podem ser autorizados três pacotes de concursos federais, incluindo esse primeiro anunciado durante entrevista.

Quais serão os concursos federais 2023?

Apesar da ministra não citar diretamente quais as áreas e órgãos que serão contemplados pelo pacote de concursos, é possível fazer uma previsão a partir da defasagem e da necessidade de cada órgão. Confira:

  1. Polícia Federal – Administrativo

O concurso para Polícia Federal é um dos que estão na mira do ministério. Isso porque o número de cargos de agente administrativo vagos no órgão vem se acumulando nos últimos anos.

Cerca de 451 cargos estão para ser preenchidos. O cargo exige nível médio de escolaridade e oferece remuneração de R$ 5.115,88, além do auxílio-alimentação de R$ 658.

  1. AFT

De acordo com dados do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) o Brasil nunca teve um número tão baixo de auditores fiscais do trabalho como atualmente. Para reverter o quadro, o órgão necessita de um novo concurso.

O cargo exige nível superior de escolaridade com remuneração de R$ 23.579,70.

  1. Bacen

O concurso Bacen esteve presente na fala da ministra e, portanto, deve ser um dos primeiros a entrar no pacote de novos concursos federais.

O órgão pede a abertura de um edital com 245 vagas para os cargos de técnico, analista e procurador.

Para o cargo técnico é exigido nível médio dos candidatos, enquanto as demais carreiras exigem nível superior. Os salários do Bacen são de R$ 8.595 (técnicos), R$ 21.582 (analistas) e R$ 23.563 (procurador).

  1. IBGE

Outro concurso que está na pauta da ministra é o do IBGE. Em janeiro deste ano, o órgão solicitou a abertura de um certame com o objetivo de preencher vagas efetivas.

Em 2022, o IBGE encaminhou para o antigo Ministério da Economia um pedido de concurso para o preenchimento de 2.503 vagas, distribuídas entre os seguintes cargos:

  • analista de planejamento, gestão e infraestrutura e tecnologista em informações geográficas e estatísticas (1.004 vagas);
  • pesquisador em informações geográficas e estatísticas (11); e
  • técnico em informações geográficas e estatísticas (1.488).

A remuneração prevista é de R$ 4.057,21 para técnicos e R$ 8.336,89 para analistas.

  1. INSS

Mesmo com um concurso em andamento, o INSS precisa de mais servidores para atender a demanda em todo o país.

“Temos que preparar o novo concurso que há mais de dez anos não é realizado. Nós temos praticamente a metade do efetivo inicial. É necessário mais peritos”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Manhã Bandeirantes.

  1. IBAMA

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é outro órgão que sofreu perda de servidores nos últimos anos e necessita de um novo concurso.

“Ao longo do tempo, iremos recuperar a estrutura ideal do órgão. Nós faremos concurso, reabriremos escritórios que foram fechados para que tenhamos uma política robusta. Hoje, não temos a estrutura necessária para poder fazer a diferença, mas essa diferença é necessária”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, na cerimônia de posse.

A expectativa é que o novo concurso ofereça, inicialmente, vagas apenas para os cargos de analista administrativo e analista ambiental. O salário é de R$ 10.014,71.

  1. Agências Reguladoras

Diversas agências reguladoras também pedem pela realização de concurso público. Inclusive, muitas delas solicitaram autorização para o antigo Ministério da Economia. Cabe ao governo atual conceder ou não o aval. Confira abaixo as que podem entrar na lista do pacote de concursos federais:

  • Agência Nacional de Águas (ANA);
  • Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
  • Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);
  • Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
  • Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
  • Agência Nacional do Cinema (Ancine);
  • Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
  • Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);
  • Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
  • Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

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