Recentemente, a líder do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, divulgou a quantidade de vagas do Concurso Nacional Unificado (CNU).
Assim, de acordo com ela, haverá a oferta de 6.590 oportunidades para 20 órgãos federais. A confirmação destas informações pela ministra ocorreu em entrevista coletiva, na última sexta-feira, 29 de setembro.
De acordo com dados da pasta, dos órgãos que receberam a autorização do Governo Federal para a oferta de vagas:
- 72% confirmaram a participação no Concurso Nacional Unificado;
- 27% acabaram recusando a proposta do MGI; e
- 1% ainda analisavam a possibilidade de participação.
Então, segundo a ministra, a assinatura do termo de adesão deve acontecer durante esta semana. Nesse sentido, Esther Dweck também confirmou que o cronograma do CNU deve ser da seguinte forma:
- Edital: 20 de dezembro de 2023;
- Provas: até março de 2024;
- Resultado final da etapa unificada: até maio de 2024;
- Cursos de formação, quando cabível: até julho de 2024;
- Posse dos novos servidores: até agosto de 2024.
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A expectativa, portanto, é que o novo formato de avaliação conte com a presença de mais de 3 milhões de participantes. Desse modo, o plano do Governo Federal é que o modelo unificado ocorra anualmente ou, pelo menos, a cada dois anos.
Quem vai participar do Concurso?
De acordo com o Governo Federal, o Concurso Nacional Unificado terá provas para os seguintes órgãos:
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 895 vagas;
- Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai): 502 vagas;
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): 742 vagas;
- Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): 520 vagas;
- Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): 900 vagas;
- Ministério da Saúde: 220 vagas;
- Advocacia Geral da União (AGU): 400 vagas;
- Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): 40 vagas;
- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): 40 vagas;
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq): 30 vagas;
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): 35 vagas;
- Ministério do Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços (MDIC): 110 vagas;
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: 296 vagas;
- Ministério da Justiça e Segurança Pública: 130 vagas;
- Ministério da Cultura (MinC): 50 vagas;
- Ministério da Educação (MEC): 70 vagas;
- Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC): 40 vagas;
- Ministério dos Povos Indígenas (MPI): 30 vagas;
- Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO): 60 vagas;
- Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI): 1.480 vagas.
Aqueles que desejarem trabalhar em um destes órgãos, portanto, deve acompanhar o andamento desta nova forma de se fazer concurso.
Como será o Concurso Nacional Unificado?
O Concurso Nacional Unificado (CNU) se trata de uma proposta do Governo Federal para centralizar editais federais que já tiveram autorização neste ano de 2023. Assim, a intenção é de que os exames sejam todos em uma mesma data em 180 municípios do país.
Desta forma, a gestão espera conseguir facilitar o acesso a vagas do serviço público, já que as etapas avaliativas do concurso serão em diversas regiões do país, não só nas principais capitais, como acontecia anteriormente.
“Alguns órgãos que receberam autorização no início do ano anunciaram provas apenas em Brasília. Mas, acreditamos que todos os cidadãos brasileiros podem ter o direito de fazer o concurso. Era necessário ampliar as cidades de aplicação de provas”, destaca a ministra Esther Dweck.
Além disso, a ministra falou a respeito de mais acesso aos concursos por meio do novo formato.
“Queremos ter uma burocracia com a cara da sociedade brasileira, em termos de gênero, raça e representação geográfica”, completou a líder da pasta.
Conforme indica o MGI, todos os gastos para a realização do edital serão custeados pelos os órgãos que irão participar do CNU. Isto é, inclusive a contratação da banca organizadora, que ficará responsável pelas inscrições, aplicação das provas e divulgação dos resultados finais do concurso.
De acordo com a pasta, a contratação da banca ocorrerá através da dispensa de licitação. O ministério confirma que já iniciou conversas com algumas instituições, mas que, até o momento, nenhuma empresa foi contratada.
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“Quem cuida da contratação é a área responsável, que já recebeu visitas de várias empresas. Com o termo de referência apresentado, poderá ser feita a escolha da empresa”, pontuou o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso.
Como as vagas serão distribuídas?
Conforme a organização que o Governo Federal publicou, as oportunidades do Concurso Nacional Unificado, se dividirão em oito blocos temáticos, sendo eles:
- Administração e Finanças Públicas;
- Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;
- Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
- Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Políticas Sociais; Justiça e Saúde;
- Trabalho e Previdência;
- Dados, Tecnologia e Informação Pública;
- Nível intermediário.
Segundo o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, no momento da inscrição, o candidato deverá escolher entre um dos blocos temáticos.
Então, o mesmo deverá indicar os cargos relacionados aos blocos selecionados. Com isso, será possível que o candidato se inscreva a mais de uma carreira, desde que esteja no mesmo bloco temático.
Membros da pasta também confirmaram que o certame conta com a formação de cadastro de reserva, que poderá ser utilizado durante o período de validade do concurso.
“Uma vez esgotada as vagas do bloco inteiro, o candidato ficará na lista de continuação, com prazo para ele concordar com a locação que foi feita, montando o cadastro de reserva a partir daí”, detalhou o secretário José Celso.
Por fim, outra informação importante é de que o processo seletivo irá contar com a aplicação da Lei das Cotas.
Como serão as provas do concurso?
O Concurso Nacional Unificado terá somente um dia para aplicação das provas. Com isso, todos os participantes serão avaliados por meio de:
- Questões objetivas sobre tema comum a todos os candidatos;
- Questões objetivas sobre conhecimentos específicos de cada bloco temático;
- Prova discursiva sobre conhecimentos específicos de cada bloco temático.
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, as disciplinas da avaliação serão publicadas somente com a publicação do edital. Contudo, Esther Dweck pontuou que:
“Quem já estuda, vai estar preparado. Podem ficar tranquilos. Todos que já se preparam para concursos vão ter bagagem para fazer esse concurso unificado”.
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Portanto, é muito interessante que os candidatos consultem provas anteriores da sua área a fim de se preparar melhor.