Como diferenciar o adjunto adnominal do complemento nominal - Notícias Concursos

Como diferenciar o adjunto adnominal do complemento nominal

A gramática da língua portuguesa possui alguns conceitos que às vezes nos deixam confusos. Um exemplo disso é a classificação do adjunto adnominal e do complemento nominal.

Contudo, com estudo e prática, esses conceitos se tornam cada vez mais claros. Além disso, é sempre bom focar nas principais diferenças entre os conceitos que confundimos.

Neste texto, você aprenderá como diferenciar o adjunto adnominal do complemento nominal.  Vamos lá?

Diferenças entre adjunto adnominal e complemento nominal

A primeira dica para não confundir os dois é lembrar que os únicos termos que podem ser acompanhados tanto pelo adjunto adnominal quanto pelo complemento nominal são os substantivos abstratos.

Logo, se o termo que você está analisando acompanha um substantivo concreto, esse termo será um adjunto adnominal.

Ex.: O livro de português está sobre a mesa.

Perceba que “livro” é um substantivo concreto, portanto nunca será acompanhado por um complemento nominal. Ou seja, “de português” pode apenas ser adjunto adnominal.

Por outro lado, se o termo analisado acompanhar um adjetivo ou um advérbio, ele não será adjunto adnominal, pois o adjunto modifica apenas os substantivos.

Ex.: Estou perto da porta principal.

Nesse exemplo, como “perto” é um advérbio, o termo “da porta principal” só pode ser complemento nominal. O mesmo aconteceria se o termo estivesse acompanhando um adjetivo.

No quadro a seguir, resumimos as principais diferenças entre o adjunto adnominal e o complemento nominal:

Adjunto adnominal Complemento nominal
Possui natureza ativa: é agente do sentido expresso pelo substantivo abstrato. Possui natureza passiva: é alvo do sentido expresso pelo substantivo abstrato.
Acompanha substantivos concretos e abstratos. Acompanha adjetivos, advérbios e substantivos abstratos.
Nem sempre é introduzido por preposição. Sempre é introduzido por preposição.
Em alguns casos, pode ser substituído por um adjetivo. Não pode ser substituído por adjetivo.

Para que você compreenda melhor, analise os dois exemplo a seguir:

  1. A crítica do jornal foi severa. (do jornal: adjunto adnominal)
  2. A crítica ao jornal foi severa. (ao jornal: complemento nominal)

Primeiro, observe que o termo “crítica” é um substantivo abstrato, portanto pode ser acompanhado tanto por um adjunto adnominal quanto por um complemento nominal. Nesse caso, analise considerando as dicas que colocamos no quadro acima. A principal delas é a primeira, a qual nos orienta a avaliar se o termo analisado tem natureza ativa ou passiva. Em qual dos dois exemplos o termo em destaque é ativo ou passivo?

Perceba que em “a crítica do jornal” o jornal é agente, ou seja, é ele quem está fazendo a crítica. Por isso trata-se de um adjunto adnominal. Já no exemplo 2, “ao jornal” é paciente, ou seja, ele é alvo da crítica. Por isso, trata-se de um complemento nominal.

Outro exemplo:

  1. Amor de pai (adjunto adnominal)
  2. Amor ao pai (complemento nominal)

Novamente, o adjunto é agente, enquanto que o complemento é alvo. Portanto, no exemplo 1, pai é quem sente o amor; e no exemplo 2, pai é o alvo do amor, o ser amado.

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