A cesta básica ficou mais barata em seis dos oito locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) em junho. Com isso, os brasileiros conseguiram economizar um pouco nos supermercados, em relação a maio, ao menos na maioria dos locais pesquisados.
Em resumo, o levantamento revela o valor da cesta básica em oito cidades brasileiras. A saber, os dados fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV Ibre.
No mês passado, os valores da cesta básica caíram nos seguintes locais: Belo Horizonte (-4,7%), Rio de Janeiro (-2,6%), Curitiba (-2,0%), Fortaleza (-0,7%), Brasília (-0,7%) e São Paulo (-0,1%).
Por outro lado, os preços ficaram um pouco mais caros em Manaus (+1,0%) e Salvador (+0,7%). Em síntese, os consumidores tiveram que pagar um pouco mais caro nestes locais em junho. Contudo, o avanço geral foi bem leve, ou seja, nem deve ter sido sentido pelos consumidores.
Veja os valores das cestas básicas nas capitais
Após o acréscimo das variações de junho, o ranking nacional não teve mudanças em relação a maio. Aliás, o primeiro lugar continuou com o Rio de Janeiro, que teve a cesta de consumo básico mais cara do país.
Confira abaixo o valor da cesta em cada local pesquisado em maio:
- Rio de Janeiro: R$ 893,93
- São Paulo: R$ 852,30
- Brasília: R$ 731,70
- Fortaleza: R$ 723,49
- Salvador: R$ 715,17
- Curitiba: R$ 694,71
- Manaus: R$ 675,31
- Belo Horizonte: R$ 594,19
Nos últimos meses, as duas primeiras posições se mantiveram iguais, com o Rio de Janeiro apresentando a cesta de consumo básico mais cara do país desde novembro de 2022, seguido de perto por São Paulo.
Já na parte de baixo da tabela, Belo Horizonte teve a cesta mais barata em todos os meses de 2023. A última vez que outra capital apresentou o menor preço do país foi em dezembro do ano passado, quando os consumidores de Manaus aproveitaram valores mais acessíveis que os mineiros.
Cesta de consumo ampliada
A pesquisa da FGV também revelou o valor da cesta de consumo ampliada nos oito locais pesquisados. Nesse caso, os preços caíram em apenas duas cidades: Fortaleza (-0,5%) e Rio de Janeiro (-0,2%).
Em contrapartida, outras cinco capitais pesquisadas registraram alta nos preços em junho, pesando um pouco mais no bolso dos consumidores. Os avanços ocorreram em Brasília (2,7%), Manaus (1,9%), São Paulo (0,9%), Salvador (0,5%) e Belo Horizonte (0,4%). Já em Curitiba, os preços se mantiveram estáveis no mês.
Após essas variações, as cestas de consumo ampliadas atingiram os seguintes valores em junho:
- Rio de Janeiro: R$ 2.082,43
- São Paulo: R$ 1.950,38
- Brasília: R$ 1.781,05
- Fortaleza: R$ 1.667,58
- Salvador: R$ 1.680,48
- Curitiba: R$ 1.683,73
- Belo Horizonte: R$ 1.636,03
- Manaus: R$ 1.483,05
Na passagem de maio para junho, a principal mudança atingiu Curitiba, que subiu duas posições na lista, passando do sexto para o quarto lugar. Em contrapartida, Fortaleza caiu do quarto para o sexto lugar, resultado que ocorreu devido à queda nos preços dos itens na capital cearense.
Também vale destacar que a cesta de consumo ampliada do Rio de Janeiro foi a mais cara do país em junho, mas a distância em relação a São Paulo diminui, visto que o preço na capital paulista subiu no mês passado. Inclusive, São Paulo liderou o ranking nacional no início deste ano, mas perdeu o posto para o Rio de Janeiro.
Itens reduzem preço da cesta de consumo
Em maio, alguns itens exerceram fortes impactos no valor da cesta de consumo no país, com destaque para feijão, bovino, óleo, frango e legumes. Entre os 18 itens pesquisados pelo FGV IBRE, estes alimentos ficaram mais baratos em quase todos os locais. Aliás, o óleo conseguiu esse feito, com o preço caindo nas oito capitais.
Em síntese, as quedas mais intensas no valor do feijão ocorreram em Fortaleza (-7,4%), São Paulo (-7,1%), Belo Horizonte (-6,5%) e Salvador (-5,9%). O item foi o único a registrar redução nos valores em todas as capitais pesquisadas em junho.
Por sua vez, a margarina ficou mais barata em sete locais, com exceção de Manaus, onde o preço subiu 0,2%. Já os preços do óleo e dos legumes caíram em seis locais, ajudando a reduzir o valor da cesta básica no mês passado.
Por outro lado, a manteiga, o café em pó e em grãos e as massas alimentícias secas ficaram mais caros em todas as oito capitais, enquanto ovos e açúcar tiveram alta em sete locais.