Nesta quarta-feira (7), o presidente deu algumas declarações em seu discurso em Foz do Iguaçu. Uma das falas importantes que Bolsonaro disse é que a política de preços da Petrobras pode ser mudada.
A fala aconteceu após o anúncio da Petrobras de um aumento de 39% no gás natural, ao qual Bolsonaro considerou como algo “inadmissível”. Ao mesmo tempo, Bolsonaro já havia afirmado algumas vezes que não iria interferir na política de preços da empresa.
Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro também afirmou que precisou retirar do Congresso o projeto de lei que alterava a forma de cobrança do ICMS sobre os combustíveis pelos estados. Além disso, o presidente disse que enviará novamente a proposta em 15 dias.
Bolsonaro apoia que a política de preços da Petrobras seja mais previsível, de modo que o povo brasileiro não fique refém do que foi classificado pelo presidente como “sanha arrecadatória” dos governos, tanto o federal quanto os estaduais.
Se referindo a Petrobras, Bolsonaro questionou: “É uma empresa que, mais do que transparência, tem que ter previsibilidade. É inadmissível se anunciar-se agora o reajuste de 39% no gás. É inadmissível! Que contratos são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil?”.
Os questionamentos de Bolsonaro com o ajuste de preço do gás natural da Petrobras
Durante a cerimônia de posse do general João Francisco Ferreira para o cargo de diretor-geral da Itaipu Binacional. O presidente da república continuou sua fala sobre a Petrobras dizendo: “Não vou interferir, a imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar essa política de preço lá”.
Nesta última segunda-feira (1) a empresa anunciou o aumento do preço do gás natural nas distribuidoras. Assim como aconteceu em outros aumentos de preços realizados pela estatal, Bolsonaro se mostrou bastante insatisfeito com o ocorrido.
Bolsonaro continuou questionando a transparência da Petrobras: “O que nós queremos é transparência. Vocês têm que saber quanto o governo federal arrecada de imposto em cada combustível e quanto os governadores arrecadam com os mesmos combustíveis. Isso é pedir muito? A previsibilidade é para vocês, consumidores”.
“Não pode toda vez que sobem os preços dos combustíveis mais alguns centavos, esses centavos serem multiplicados na ponta da linha pela voracidade da arrecadação de imposto. Não pode toda vez que diminuir o preço do combustível, na bomba, no final, ele não diminuir”, completou Bolsonaro.
As tensões aumentaram na Petrobras depois do episódio da de Roberto Castello Branco na presidência da estatal. O fato ocorreu no dia 19 de fevereiro e trouxe a queda de mais de 20% nas ações da empresa em um dia, e mais 6% em outro.