Auxílio Brasil, auxílio-taxista, Pix Caminhoneiro, vale-gás… não faltam programas sociais para o Governo Federal chamar de seus neste segundo semestre de 2022, e a lista poderá ser esticada em breve. Segundo informações de bastidores colhidas pela revista Veja, o presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria planejando mais programas para apresentar ainda este ano.
O motivo seria um só: as pesquisas eleitorais. Ainda tomando como base as informações da revista, a campanha do presidente à reeleição não estaria nada satisfeita com os últimos números do presidente Jair Bolsonaro e já estaria preparando uma nova “artilharia” de auxílios. A ideia central seria conseguir alcançar ainda mais pessoas.
Algumas sinalizações neste sentido já podem ser observadas nos últimos dias. Em entrevista recente, a presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, disse que está em contato com organizações sociais para oferecer novos projetos sociais com foco nas mulheres. De acordo com as pesquisas, este é o público que mais rejeita Bolsonaro.
Também nesta semana, membros de alguns ministérios chegaram a sinalizar que o Governo está preparando uma espécie de FGTS consignado. Na prática, a ideia é que as pessoas possam usar a projeção de ganhos com este fundo para começar a financiar uma casa popular. O plano é anunciar o programa antes das eleições, mesmo que na prática os indivíduos só possam solicitar no próximo ano.
Há ainda a indicação de liberação do consignado do Auxílio Brasil. Esta é uma liberação que já está confirmada oficialmente, mas que ainda não está valendo de fato. Em entrevista recente, o Ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, disse que o plano é liberar as solicitações ainda em setembro, ou seja, no mês que antecede as eleições.
Auxílio e eleições
Nas últimas semanas, opositores afirmam que o presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria usando todas estas liberações para conseguir votos e tentar se reeleger este ano. O Governo Federal nega e afirma que a única intenção aqui é ajudar os mais pobres.
Tomando como base as últimas pesquisas, Bolsonaro vem crescendo pouco ou muito pouco entre os usuários que fazem parte do Auxílio Brasil. Neste público, o ex-presidente Lula (PT), segue liderando com certa folga.
A pesquisa mais recente divulgada pelo instituto Quaest aponta que a maioria dos usuários do programa (65%) reconhece que Bolsonaro é o pai do Auxílio Brasil. Todavia, 69% afirmam que ele só teria dado o aumento por interesse eleitoral.
Orçamento
Corrobora com a tese de “auxílio eleitoral” o envio do plano de orçamento pelo Governo Federal na última semana. O documento indica, entre outros pontos, que o valor do Auxílio Brasil deve cair de R$ 600 para R$ 405 no próximo ano.
Entretanto, é importante frisar que o plano de orçamento para o ano de 2023 não se trata de um documento estático, isto é, ele pode ser alterado no decorrer do ano. Em tese, o Governo Federal poderá manter o Auxílio em R$ 600 desde que indique uma fonte de custeio.
Em entrevistas recentes, o presidente Jair Bolsonaro vem dizendo que poderá aprovar uma nova PEC, vender estatais e até mesmo taxar lucros e dividendos. Fato é que até aqui não há nenhuma proposta oficializada.