Bolsonaro pede que empresários segurem preço da cesta básica

O Presidente Jair Bolsonaro participou nesta quinta-feira (17) de um almoço com empresários. Esse encontro aconteceu de forma fechada. No entanto, alguns detalhes da conversa acabaram vazando para a imprensa. Um deles foi que o chefe do executivo pediu para que os donos de supermercados segurassem um pouco o preço da cesta básica.

De acordo com pessoas que estavam no local, Bolsonaro pediu isso porque teria uma certa preocupação com o que vai acontecer no segundo semestre. Ele está preparando uma série de projetos sociais. No entanto, sabe-se que eles não irão servir muito se os valores das cestas seguir subindo.

O próprio Senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que estava na reunião, confirmou essa informação. “Ele reconheceu o grande sacrifício que já fazem. (Pediu para) se possível reduzir um pouco, ainda mais, a margem de lucro. Demonstrou preocupação específica com produtos da cesta básica”, disse o filho do Presidente ao sair do almoço.

“Porque a tendência, sabemos, é de aumentar o preço dos produtos de itens de primeira necessidade”, completou Flávio Bolsonaro. Ele não deu, no entanto, mais detalhes sobre esse almoço. Falou apenas sobre esse trecho da cesta básica.

Em resposta, Bolsonaro ouviu dos empresários que baixar os itens alimentícios seria um ato difícil de acontecer. Eles citam que o valor do dólar é uma questão que impediria que os donos dos supermercados oferecessem preços mais baixos para a população.

Cesta básica

Como se sabe, o Auxílio Emergencial do Governo Federal está pagando quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. Com esse dinheiro é impossível comprar uma cesta básica mensal em qualquer capital que revela os seus dados de preços ao consumidor.

Em cidades como São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, por exemplo, uma cesta básica costuma ultrapassar os R$ 600. Estamos falando portanto de um custo de alimentação básica muito alto para quem vive apenas com a ajuda do Governo Federal neste momento.

O Palácio do Planalto está preparando uma série de programas sociais para o segundo semestre deste ano. Um deles, por exemplo, é o novo Bolsa Família. No entanto, esse projeto deve pagar uma média de, no máximo, R$ 300. Ainda bem abaixo do valor de uma cesta básica nas principais capitais do país.

Donos de supermercados

De acordo com informações da imprensa, esses empresários também fizeram pedidos ao Presidente neste almoço. Um deles foi a aceleração do processo de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Não se sabe o que Bolsonaro respondeu sobre isso.

Sabe-se, no entanto, que o Presidente não é um entusiasta das vacinas. Embora o seu Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirme que o processo vai acelerar, Bolsonaro disse há apenas alguns dias que esses imunizantes que estão sendo aplicados não teriam comprovação científica. Isso, no entanto, não é verdade.

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil precisa acelerar essa vacinação para que o país volte ao normal economicamente falando. Certamente foi com esse pensamento que os donos de supermercados se encontraram com Bolsonaro.

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