Bolsonaro: ‘não mandei ninguém ficar em casa’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dar declarações polêmicas hoje. Num discurso para apoiadores, em frente ao Palácio do Planalto, ele criticou o distanciamento social e falou sobre a prorrogação do auxílio emergencial.

Para quem diz precisar da prorrogação do auxílio emergencial, Bolsonaro mandou um recado: comparecer ‘ao banco e pedir empréstimo’.

Quanto a pandemia Bolsonaro declarou hoje que não mandou ninguém ficar em casa, em referência as medidas de distanciamento social.

“Qual país do mundo fez um projeto igual ao nosso, num momento de crise, que foi o auxílio emergencial? Nós gastamos em 2020 com o auxílio emergencial o equivalente a dez anos de Bolsa Família. E tem gente criticando ainda falando que quer mais. Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir ao banco e fazer empréstimo”, disse Jair Bolsonaro.

“Sabemos da situação difícil que se encontra a população, que perdeu o emprego. Não por culpa do presidente, eu não obriguei ninguém a ficar em casa, não fechei comércio e por consequência não destruí emprego”, completou.

Auxílio emergencial e valores

O auxílio emergencial foi lançado em abril de 2020, inicialmente os valores pagos estavam entre R$ 600 e R$1,2 mil. Esta foi a primeira rodada.

Já na segunda rodada o valor foi reavaliado e ficou entre R$ 300 e R$ 600. Sendo paralisado totalmente em dezembro de 2020.

Entre muitas discussões, o governo negou que pagaria uma nova rodado. Após pressão, o auxílio emergencial voltou em abril, mas com um valor ainda menor. Agora o pagamento é feito de R$ 150 para quem mora sozinho, R$ 175 para quem famílias com mais de uma pessoa e não chefiada por uma mulher e R$ 375 para famílias chefiadas por uma mulher.

Agora o que se tem como últimas parceladas confirmadas devem terminar em julho.  Um projeto ainda propõe pagamento retroativo das parcelas, veja aqui mais detalhes.

Assim a renovação do auxílio emergencial ainda é uma incógnita mesmo com as declarações que Bolsonaro deram hoje.

Neste cenário, a pobreza no Brasil vem aumentado e o auxílio emergencial tem sido considerado insuficiente.

Veja também: Bolsonaro é reprovado por 64% dos que recebem Auxílio, diz pesquisa

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