BOLSA VERDE: Governo retoma programa para beneficiar comunidades tradicionais

BOLSA VERDE: Governo retoma programa para beneficiar comunidades tradicionais

Entenda como deve funcionar a nova versão do programa Bolsa Verde, que deve ser retomado pelo governo federal

Já pensou na possibilidade de receber uma bolsa em dinheiro do governo federal para ajudar a preservar o meio ambiente em sua região? Esta é a ideia do Ministério do Meio Ambiente, anunciada nesta segunda-feira (28). Estamos falando do programa Bolsa Verde, que pretende atender pouco mais de 8 mil pessoas na sua primeira fase.

O anúncio da retomada do programa foi feito durante o evento de comemoração dos 16 anos do ICMBio, que faz parte do Ministério do Meio Ambiente. Como dito, nesta primeira fase do programa, a ideia atender pouco mais de 8 mil pessoas, que residem em 21 reservas extrativistas, as áreas de florestas que são protegidas por lei, e que são cedidas aos chamados grupos de populações tradicionais.

BOLSA VERDE: Governo retoma programa para beneficiar comunidades tradicionais
Detalhes do Bolsa Verde foram anunciados em evento no Pará. Imagem: MDS

O valor da Bolsa Verde

Alguns detalhes sobre os pagamentos do programa Bolsa Verde já estão sendo anunciados desde o início do mês. Durante a cúpula da Amazônia, realizada na cidade de Belém, os ministros do meio ambiente, Marina Silva, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, Paulo Teixeira e do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias anunciaram as mudanças.

De acordo com eles, a ideia é fazer pagamentos de R$ 600 a cada três meses. Esta é uma mudança em relação ao que se se registrou na primeira versão do programa. Em 2011, ainda durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o Bolsa Verde fazia pagamentos de R$ 300 a cada três meses.

“É possível pagar aos mais pobres, muitos deles doutores em plantas, cultivo, onde for Unidade de Conservação, floresta natural, onde tenha área degradada, fazer a recuperação com uma floresta produtiva e dando as condições de proteção. Temos compromisso com o povo da Amazônia”, destacou Wellington Dias.
“Trabalhamos de forma integrada, o social e o ambiental, para esse repasse do Bolsa Verde, que se soma ao Bolsa Família e à assistência técnica”, detalhou o ministro.

Inscrição

A ideia do governo federal é disponibilizar 40 tablets para o cadastro das famílias beneficiárias. “A gente reconhece e apoia as comunidades tradicionais como guardiãs das relações benignas com a terra e com a natureza”, disse a diretora de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação do ICMBio, Kátia Torres

A inscrição vai poder ser feita por famílias que vivem dentro de reservas e assentamentos extrativistas e outras modalidades de assentamento.

“Agora, com as novas alterações, será ampliado o foco para trabalhar com as pessoas que estão dentro de unidades de conservação ou ambientes naturais que queiram desenvolver atividades de conservação ambiental. Para isso, vão receber um bônus”, disse o presidente do ICMBio, Mauro Pires.

“A Bolsa Verde é muito mais do que um bônus. Está associada à assistência técnica diferenciada, porque também não adianta nada se não for alterada a forma de produção. Também está associada à capacitação e à organização social. É a organização social que consegue fazer a transformação local”, destaca Pires.

“A preservação das florestas é feita pelos povos indígenas e tradicionais. É por isso que saúdo esse esforço para que a gente mude o velho modelo de desenvolvimento que tira a floresta. O presidente Lula quer criar um novo ciclo de prosperidade, emprego e renda, além de proteger a floresta”, avaliou a ministra do meio ambiente, Marina Silva. 

Economia verde

Em entrevista recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) disse que também está trabalhando em um pacote econômico verde que será anunciado dentro de mais alguns meses.

“A estruturação está sendo feita dentro da Fazenda, com todos mergulhados no tema, mas o governo inteiro está engajado”, disse ao Rafael Dubeux, assessor especial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

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