Bolsa Família: Reajuste do valor mensal atrasa; veja o que acontece

Com a concessão do novo auxílio emergencial, o governo federal deve estender o prazo para o projeto de renovação do programa Bolsa Família. O valor distribuído no programa está defasado, no entanto, os beneficiários devem ficar atentos, pois será preciso incluir um aumento no valor das mensalidades pra acompanhar a atual inflação.

Os pagamentos do programa social vêm ajudando milhares de famílias brasileiras com uma mensalidade média mensal de R$ 190. Entretanto, para cada inscrição a quantia tende a ser reajustada, segundo os abonos destinados para a situação familiar. Com a nova proposta esses reajustes serão baseados em um valor mais alto.

Declarações do governo

O Governo Federal informou que a partir do mês de julho, o projeto deve sofrer um reajuste em seu valor. O pagamento mínimo no valor de R$ 190 passaria a ser de R$ 200. Além disso, serão criados mais benefícios, confira:

  • Valor do auxílio-creche mensal para cada criança seria de R$ 52,00
  • Bônus anual para o melhor aluno de R$ 200,00
  • Bolsa mensal de R$ 100,00, mais um prêmio anual de estudante científico e técnico de destaque de R$ 1.000,00

Defasagem dentro do Bolsa Família

Independentemente do acréscimo no valor mínimo do programa, a correção não acrescentará efetivamente no bolso dos segurados. Levando em consideração que não há reajuste do valor desde o governo Temer, e a atualização se dará apenas para garantir o poder de compra e venda dentro dos percentuais inflacionários.

Ainda no cenário pandêmico e com um aumento expressivo nas despesas da população, o programa permanece com a distribuição sem acréscimos.

Com apenas a quantia de R$ 190, a população beneficiada deve sanar despesas de água, energia, alimentação e moradia, lembrando que o recebimento seria inviável com apresentação de vínculo empregatício.

De acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), só no ano passado as famílias mais pobres do país os gastos foram acrescentados em 15,53%.

“Não existe essa obrigatoriedade de corrigir por inflação, mas, dada a natureza do programa, seria correta, e aceitável, a reposição inflacionária “, salienta Klein, economista.

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