A Bolsa de Valores do Brasil (B3) criou um programa voltado para a formação de mercado das debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas de capital aberto ou fechado, de acordo com informações oficiais.
Bolsa de Valores: B3 lança programa de formador de mercado para debêntures
O programa tem o intuito de fomentar a negociação de debêntures em tela, por meio da plataforma Trader, da Bolsa de Valores do Brasil (B3) e, assim, aumentar o volume de ofertas e negócios, gerar mais transparência ao mercado, reduzir os riscos para os investidores e também melhorar a formação de preço dos ativos.
Empresas credenciadas
De acordo com a divulgação oficial, duas empresas já foram credenciadas pela Bolsa de Valores do Brasil (B3), a Warren e RB Investimentos. A divulgação oficial destaca que bancos, corretoras e assets podem fazer parte do programa, que ainda conta com uma vaga em aberto.
“Estamos animados em iniciar essa parceria com a B3 que irá trazer muitos benefícios para todo o mercado. A negociação em tela vai permitir ao cliente operar lotes menores do que o padrão de R$ 1 milhão do call das corretoras, fomentando ainda mais os ativos de crédito privado e trazendo maior transparência para os preços dos negócios”, explica Kathleen Passarelli Vidal, gerente de Renda Fixa da Warren.
Reconhecimento
O Co-CEO da RB Investimentos, afirma que é muito importante esse reconhecimento no mercado financeiro. “Ficamos muito honrados com o convite da B3. Temos uma atuação forte no mercado secundário de crédito privado e o programa vem para contribuir mais ainda, principalmente, o mercado de debêntures como um todo”, diz o executivo, de acordo com a divulgação oficial.
O programa de formador de mercado para debêntures teve início em setembro e já conta com aproximadamente 200 ativos com preços formados por pelo menos três horas ao longo do dia de negociação, informa a Bolsa de Valores do Brasil (B3).
“Este é o primeiro programa de formador de título privado de Renda Fixa da B3. Os bons resultados alcançados nas primeiras semanas de atuação nos mostram que estamos no caminho certo e nos incentivam a considerar a construção de novos programas no futuro, voltados para outros instrumentos de dívida corporativa”, comenta Afonso Rossatto, superintendente de Produtos de Renda Fixa na Bolsa de Valores do Brasil (B3).
Evolução
Desde o início do programa, a Bolsa de Valores do Brasil (B3) já registrou uma grande evolução na média mensal de ofertas eletrônicas. A média diária de ofertas em tela no mês de agosto era de R$ 70,7 milhões. Em setembro, com o início do programa, a média diária subiu para R$ 545 milhões, e no dia 24 de outubro foi registrado o volume recorde de R$ 1,5 bilhão de ofertas em tela, destaca a divulgação oficial.