O presidente Jair Bolsonaro confirmou que o Bolsa Família deve ser reestruturado e mudar de nome. A fala sobre o novo benefício social aconteceu durante a cerimônia de posse do novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. As informações são do jornal Extra.
“Com o coração grande de Paulo Guedes e sua equipe, com o trabalho agora de Ciro, com João Roma, encarregado da pasta, estamos aprofundando de modo que tenhamos um novo programa, o Auxílio Brasil, de pelo menos 50% maior do que o Bolsa Família”, disse o presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro ainda mencionou que o aumento pode ser ainda maior. “Eu falo 50% porque os outros 50% vou deixar para o Paulo Guedes anunciar”, acrescentou.
Em outras palavras, o valor médio do chamado “Auxílio Brasil” deve ficar entre R$ 300 e R$ 400. Os pagamentos podem ser iniciados em novembro, ao menos é o que pretendia Gudes anteriormente.
Benefício social e “marca Lula”
A mudança de nome no benefício social que hoje é conhecido com Bolsa Família tem um motivo específico: “tirar a marca Lula” já que o programa foi criado durante o mandato do ex-presidente em 2004.
O nome “Auxílio Brasil” também não é por acaso, mas sim faz uma alusão ao auxílio emergencial pago devido aos efeitos econômicos causados com a pandemia da Covid-19. O pagamento inicial do benefício social emergencial, na primeira rodada em 2020, foi de no mínimo R$ 600 e no máximo R$ 1,2 mil, já neste ano os pagamentos várias de R$ 150 até R$ 375. Apenas uma liberação pode ser realizada por família.
O benefício social que se chamará “Auxílio Brasil” deve ficar entre R$ 300 a R$ 400, conforme projeções do presidente. A expectativa é que a iniciativa sirva para melhorar a popularidade do presidente, principalmente entre os mais pobres, tal qual aconteceu na primeira rodada do auxílio emergencial. O número de beneficiários no programa também deve aumentar.
As preocupações do governo estariam também direcionadas para as eleições de 2022, em que Bolsonaro tentará ser reeleito. O desafio da equipe é aumentar a popularidade do presidente, num cenário que as recentes pesquisas não o consagram como eleito.
Neste cenário, os pagamentos, ao menos foi o que prometeu Guedes, devem ser iniciados em novembro com o fim do auxílio emergencial 2021 em outubro.
O orçamento para o lançamento do novo benefício social, porém, pode estar comprometido com dívidas fruto de derrotas do governo na Justiça, entenda os detalhes aqui.