Bancos: Pagamento de consignado deve ter desconto em folha de pagamentos

A medida vai valer para os trabalhadores que tiveram sua renda prejudicada por conta da pandemia do novo coronavírus.

No momento, os bancos já estão estudando uma maneira de flexibilizar o crédito consignado, com desconto em folha de pagamentos. Conforme apurou o Estadão/ Broadcast, a medida vai valer para os trabalhadores que tiveram sua renda prejudicada por conta da pandemia do novo coronavírus.

As medidas, que devem ser implementadas em caráter temporário, prevê uma adequação de parcelas de operações já contratadas para aqueles que tiveram seus salários reduzidos ou o contrato de trabalho suspenso através da medida provisória 936, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

As conversas para flexibilização do consignado, em situações específicas (e não de forma indiscriminada), já estão em fases avançadas e devem evoluir para um projeto de lei, detalha o executivo de um grande banco, na condição de anonimato.

Na situação em que os trabalhadores tiveram sua remuneração e jornada reduzidos em 25%, por exemplo, a parcela do empréstimo contratada seria diminuída na mesma medida. Já para aqueles que tiveram o contrato suspenso, que teriam uma carência por igual período, com as parcelas mantidas no saldo devedor sob as mesmas condições.

Ações

A flexibilização do crédito consignado está sendo discutida em um momento em que se propaga diversas ações e decretos que pedem suspensão de pagamentos durante pandemia do coronavírus. As instituições bancárias, que administram o aumento dos calotes em meio à crise, tem o objetivo de evitar que decisões se espalhem e coloquem em risco no pagamento do consignado, uma das mais seguras do mercado.

O crédito consignado é, hoje, um terço da carteira de crédito a pessoas físicas, considerando os recursos livres, conforme dados do Banco Central. Hoje, considerando até o mês de fevereiro, o saldo é de nada menos que R$ 400 bilhões. A reserva subiu ultimamente em meio à maior atenção dos bancos para a modalidade, que apesar de ser considerada “madura” no País, cresce 15% por ano.

Para quem necessita do dinheiro, os juros são o grande atrativo, uma vez que as taxas são as menores do mercado (considerando os empréstimos de pessoa física). Além disso, o consignado tem uma das inadimplências mais baixas, visto que os bancos descontam o valor diretamente do salário do trabalhador.

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