A projeção para o setor de serviços em 2022 teve ligeira alta, de 1,3% para 1,4%, apesar da relativa estabilidade na previsão agregada para o setor, houve alterações relevantes em alguns componentes, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em documento divulgado recentemente.
Banco Central revisa projeções e previsões econômicas para 2022
De um lado, destacam-se as altas nos prognósticos para serviços de informação e transporte, armazenagem e correio, atividades que apresentaram crescimento expressivo no quarto trimestre do ano.
Atividades imobiliárias e aluguel
Em sentido oposto, a principal revisão ocorreu na previsão para atividades imobiliárias e aluguel, segmento que perdeu dinamismo no segundo semestre de 2021, analisa o informa o Banco Central do Brasil (BCB) em documento divulgado recentemente.
Previsão de recuo para o comércio
A previsão de recuo para o comércio, setor que possui correlação positiva com o desempenho industrial, foi ligeiramente atenuada. Com relação aos componentes domésticos da demanda agregada, a estimativa para a variação do consumo das famílias ficou estável em 1,1%, com o maior carregamento estatístico resultante de surpresa no quarto trimestre compensado pela expectativa de arrefecimento do consumo ao longo do ano, em cenário de aperto das condições financeiras e de inflação mais elevada.
Ajuste marginal na previsão para o consumo do governo
De acordo com o documento Banco Central do Brasil (BCB), houve ajuste marginal na previsão para o consumo do governo, revisto de 2,4% para 2,3%.
Recuo da FBCF
Por fim, a projeção de recuo da formação bruta de capital fixo (FBCF) foi revista de ?3,0% para ?1,5%.8 O resultado acima do previsto no quarto trimestre, a manutenção da confiança de empresários dos setores de bens de capital e construção em níveis relativamente elevados e a perspectiva de elevação dos investimentos públicos contribuem para a melhora na projeção.
A elevação das incertezas em relação à economia mundial e doméstica
Em sentido oposto atuam a piora das condições financeiras e a elevação das incertezas em relação à economia mundial e doméstica. As exportações e as importações de bens e serviços, em 2022, devem variar, na ordem, 2,0% e ?2,0%, ante projeções de 2,5% e ?1,5%, respectivamente, apresentadas no RI anterior.
Recuo na previsão para as exportações
O Banco Central do Brasil (BCB) aponta que o recuo na previsão para as exportações reflete as revisões baixistas nas estimativas para agropecuária e para a indústria extrativa, enquanto a queda na projeção para as importações está associada ao aumento de preço de itens importados e a expectativa de redução do descolamento entre a evolução da atividade econômica e das importações, notadamente de bens intermediários, ocorrido em 2021.
Tendo em vista as novas estimativas para os componentes da demanda agregada, as contribuições da demanda interna e do setor externo para a evolução do PIB em 2022 são estimadas em 0,2 p.p. e 0,8 p.p., respectivamente, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em sua plataforma oficial.