Banco Central: a produção de grãos em 2021 sofreu impactos naturais e econômicos

Segundo informa o Banco Central do Brasil, a produção de grãos em 2021 sofreu impactos naturais e econômicos. Confira mais detalhes!

De acordo com informações oficiais do Banco Central do Brasil, a produção dos principais grãos e de cana-de-açúcar em 2021 sofreu impactos naturais e econômicos.

Banco Central: a produção de grãos em 2021 sofreu impactos naturais e econômicos

Conforme informações do Banco Central do Brasil, os preços elevados de commodities – tanto os internacionais medidos em reais, como os domésticos – desde meados de 2020 impulsionaram o aumento na área cultivada, especialmente de soja e milho, para a safra de 2021.

Segundo o BCB, nesse contexto, a produção de grãos deverá atingir recorde de 256 milhões de toneladas neste ano, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Condições climáticas impactam diretamente 

Todavia, o Boletim oficial do Banco Central ressalta que condições climáticas adversas impactaram o desenvolvimento de algumas lavouras e repercutem sobre o setor. Com isso, a expansão projetada para a safra, que atingira 4,2% no LSPA de março, passou para 0,8% em julho. 

Assim sendo, o crescimento na produção de soja em 2021 decorre, em especial, da recuperação do Rio Grande do Sul, após quebra da safra anterior, com aumento expressivo do rendimento médio (76,2% ou 3,3 toneladas/hectare, ante 1,9 t/ha em 2020). 

Atraso sazonal

Por outro lado, em sentido contrário, no PR, a falta de chuvas no ano afetou o desenvolvimento da lavoura e o recuo na produção repercutiu a menor produtividade. 

O BCB informa que o atraso nas precipitações na maioria das UFs no período de semeadura (entre setembro e dezembro de 2020), seu menor volume e maior dispersão geográfica influenciaram de maneira distinta o desenvolvimento das lavouras e a colheita foi concentrada em março, caracterizando um atraso em relação à sazonalidade, de acordo com o Boletim Regional do BCB.

A produção de milho sofreu com estiagem e irregularidade nas chuvas

Conforme documento divulgado pelo Banco Central, o milho 1ª safra – que corresponde a 29% da produção brasileira do cereal em 2021 e cujo ciclo ocorre em paralelo ao da soja, com prazo típico de plantio entre setembro e dezembro de um ano para colheita concentrada entre janeiro e abril do ano seguinte – sofreu com estiagem e irregularidade nas chuvas, refletindo em queda no rendimento médio, com destaque para Santa Catarina, Bahia e Piauí. Na Bahia, o aumento da área colhida permitiu o crescimento da produção.

Assim sendo, os preços favoráveis vigentes em 2021 estimularam especialmente o plantio da 2ª safra de milho, iniciado na maioria das localidades após as colheitas de soja e milho 1ª safra, que sofreram atraso relevante. 

Dessa forma, a divulgação do BCB ressalta que boa parte do cereal foi semeado fora do período considerado ideal, o que implica risco climático (menor luminosidade e temperaturas) e financeiro. É possível consultar o Boletim na íntegra no site oficial do Banco central do Brasil. Além disso, é importante ressaltar que esses impactos alteram os valores dos alimentos e a inflação, o que impacta diretamente na rotina do cidadão, por isso, todas as informações oficiais são relevantes. 

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