São muitos os aspectos fundamentais da política de investimento das reservas internacionais do Banco Central do Brasil (BCB). De forma genérica, pode-se segmentar essa política de investimento em termos de distribuição por moedas, por classes de ativos e pelo prazo médio de investimento, informa a própria instituição.
Os dados oficiais têm como moeda-base o dólar norte-americano, são referentes à carteira gerenciada internamente pelo Banco Central do Brasil (BCB) e não levam em conta instrumentos específicos empregados no mercado local, como leilões de venda de dólar contra reais com compromisso de recompra, informa o próprio Banco Central do Brasil (BCB) em divulgação oficial.
Um dos objetivos no âmbito da gestão das reservas internacionais é a redução da exposição do país ao risco cambial. Dessa forma, define-se uma carteira diversificada com perfil anticíclico e que busque a cobertura cambial da dívida externa bruta.
Em dezembro de 2021, a alocação por moedas das reservas se dava da seguinte forma: 80,34% em dólar norte-americano, 5,04% em euro, 4,99% em renminbi, 3,47% em libra esterlina, 2,25% em ouro, 1,93% em iene, 1,01% em dólar canadense e 0,97% em dólar australiano.
O Banco Central do Brasil (BCB) mostra a evolução da alocação por moedas ao final de cada ano de forma detalhada em documento oficial. Verifica-se, em todo o período, o dólar norte-americano como moeda de maior participação nos investimentos das reservas internacionais.
Conforme análise oficial, em 2019 e 2020, houve pequeno aumento na posição em euros. Em 2021, buscou-se maior diversificação na alocação de moedas das reservas internacionais, sem prejuízo do perfil anticíclico da carteira como um todo, quando comparado ao perfil dos investimentos em 2020.
Com isso, o dólar canadense (CAD) e o dólar australiano (AUD) foram incluídos na alocação estratégica, com participações de aproximadamente 1% cada, e a contribuição de renminbi (CNY) foi elevada para cerca de 5% da carteira, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
Além disso, por suas características anticíclicas em momentos de estresse, a posição em ouro foi elevada, passando a representar 2,25% do portfólio, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em documento divulgado oficialmente. Acesse o site oficial do Banco Central do Brasil (BCB) e analise diversas informações importantes e atualizadas sobre a economia.