Bacen espera autorização de concurso - Notícias Concursos

Bacen espera autorização de concurso

Pedido de concurso segue sob análise.

O Bacen (Banco Central) ainda espera resposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos sobre solicitação de um novo concurso público.

O órgão realizou o pedido no ano passado. A expectativa é de que a resposta venha até, no máximo, o mês de maio.

No entanto, em razão de não ter nenhuma sinalização da pasta, o Banco Central já vem trabalhando para realizar uma nova solicitação.

Durante o ano passado, a entidade financeira fez o pedido para o preenchimento de 245 vagas. Isto é, sendo deste número 200 para a carreira de analista, 30 para técnicos e 15 para o cargo de procurador.

A mesma quantidade de vagas, ou seja, de 245, já foi objeto de pedido do Bacen durante o ano de 2021. Contudo, o Ministério da Economia, pasta liderada na época por Paulo Guedes, não concedeu a permissão para a realização do processo seletivo.

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Dessa forma, a instituição optou por realizar novamente a solicitação em 2022. Assim, o objetivo é de reforçar a necessidade de funcionários para o preenchimento de vagas que se encontram abertas.

Como são as carreiras do Bacen?

Primeiramente, o posto de técnico do Banco Central possui a exigência de somente o ensino médio completo de seus candidatos. A remuneração inicial para o cargo é de R$ 7.741,31, já com o acréscimo dos R$ 458 referentes ao auxílio alimentação.

Já para a carreira de analista, a instituição exige a formação de nível superior, independente da área. O salário para o cargo, portanto, é de R$ 19.655,06.

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Ademais, no caso das vagas para o posto de procurador do Banco Central, os critérios são mais rigorosos. Nesse sentido, é necessário que os candidatos possuam bacharelado no curso de Direito e prática jurídica de pelo menos dois ano. Após a aprovação e entrada na instituição, a remuneração inicial mensal para a carreira é de R$ 21.472,49.

Ministra analisa possibilidade de processo seletivo

A líder do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, já declarou a possibilidade de novos concursos públicos federais ainda durante este ano. Trata-se da pasta responsável por analisar e autorizar os concursos federais durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, a ministra também destacou algumas instituições estão com um grande déficit de mão de obra, como no caso do Banco Central.

Desta maneira, a abertura de um novo edital ao Bacen já se encontra nos planos do ministério e tem chances de ocorrer em breve.

“Desde que eu estava aqui, eu já acompanhava áreas que tinham muita gente em abono de permanência, com risco de aposentadoria, e a reforma da Previdência em 2019 acelerou. Áreas que já estavam com risco muito grande, com 30% da folha podiam se aposentar. IBGE e Banco Central, mas tem outras também”, disse a ministra, em entrevista à Folha de São Paulo.

De acordo com Esther, então, o Orçamento deste ano de 2023 possui um espaço fiscal de R$ 1,5 bilhão para a contratação de novos servidores.

“Não é muita coisa, mas permite a algumas áreas muito críticas e que têm concurso em aberto, cadastro reserva, fazer contratações. É nisso que a gente está tentando focar. E autorizar alguns novos ainda este ano”, pontuou a titular da pasta.

É importante lembrar, ainda, que, apesar do pedido de 245 cargos, o Banco Central possui cerca de 3.092 oportunidades vagas. Deste número, 2.513 são para o cargo de analista, 142 para procurador e 437 para o posto de técnico. Os dados são da instituição bancária, em fevereiro deste ano.

Último concurso do Bacen foi em 2013

O último concurso do Bacen para o preenchimento de cargos efetivos, foi no ano de 2013. Na época, portanto, o certame contou com a oferta de 500 vagas para o cargo de técnico e analista.

O Cebraspe foi a empresa que atuou como banca organizadora. Isto é, ficando responsável pelo processo de inscrição, aplicação das provas e divulgação dos resultados finais do processo seletivo, por exemplo.

Todos os candidatos que participaram do certame passaram por meio de provas objetivas, discursivas e também por uma prova de títulos. Após a aprovação, os candidatos também participaram de um programa de capacitação.

As provas do concurso foram nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, Recife e Salvador.

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Além disso, destaca-se que o último processo seletivo do Bacen contou com o registro de 88.589 candidaturas ao todo. Portanto, a expectativa para o próximo concurso se torna cada vez maior, considerando a concorrência e o tempo de 10 anos sem novas entradas.

Sindicato pressiona por concurso em 2023

Após as últimas noticiais sobre uma possível liberação de um novo edital ao Banco Central ainda e, 2023, o sindicato que representa a categoria se manifestou.

De acordo com os servidores, há pouca certeza de que a autorização para o certame ocorra neste ano. Nesse sentido, o presidente do Sindicato Nacional dos funcionários do Banco Central, Fábio Faiad, relatou que acha a liberação pouco provável.

No entanto, o presidente do órgão também destacou que o sindicato vem se esforçando para que o certame ocorra o mais rápido possível.

“As tratativas estão acontecendo. O sindicato está na batalha para que a autorização do concurso saia ainda este ano. Há uma necessidade enorme de novos servidores. São quase dez anos sem novos concursos para o Banco Central”, frisou Faiad.

A autorização do concurso no mês de maio começou a ser vista como possível. Isto é, visto que, recentemente, o Banco Central encaminhou ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos uma solicitação de realização de um novo processo seletivo.

Ademais, caso o Governo Federal não execute o aval para a realização de um novo concurso, é possível que a instituição perca mais de 600 servidores. Isso ocorre em razão de saídas regulares como no caso de aposentadorias, morte e desligamentos em geral.

Por esse motivo, o Banco ficaria com somente com 2.492 funcionários, sendo que a lei nº 9.560 prevê 6.470 servidores necessários. Assim, o sindicato, junto do órgão, tenta mostrar a urgência de uma nova seleção no Bacen.

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