FGTS: saque-aniversário x saque-rescisão; qual a melhor?

AVISO GERAL para os trabalhadores com carteira assinada

Governo Lula pode acabar com saque dos trabalhadores formais do país, instituídos pelo governo Bolsonaro

Nos últimos dias, os trabalhadores do Brasil passaram a focar sua atenção ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Isso porque o direito trabalhista surgiu em meio à uma polêmica que dividiu os usuários das redes sociais.

Em síntese, os trabalhadores com carteira assinada possuem diversos direitos no Brasil. Um deles é o FGTS, que, anteriormente, possui uma única modalidade, o saque-rescisão. No entanto, isso mudou desde 2019, quando o governo Bolsonaro criou o saque-aniversário.

Não há concordância sobre qual das duas modalidade é mais benéfica para o trabalhador brasileiro. No entanto, vale destacar que o saque-aniversário do FGTS pode chegar ao fim bem antes do esperado. Aliás, a modalidade foi instituída no país por uma lei em 2019.

Em síntese, o governo Lula tem o objetivo de fazer os trabalhadores utilizarem o FGTS como um verdadeiro instrumento de investimento. Na concepção do governo federal, isso não acontecerá se os trabalhadores sacarem o benefício durante todos os meses do seu aniversário. Por isso que a modalidade poderá deixar de existir.

Qual a melhor modalidade do FGTS?

Em meio à expectativa de encerramento do saque-aniversário em 2023, muitos trabalhadores começaram a se perguntar qual a modalidade rescisão é realmente melhor para os brasileiros. Contudo, segundo especialistas, ambas as formas de saque possuem pontos positivos e negativos para o cidadão.

No caso do saque-aniversário, a modalidade dá a chance de o trabalhador sacar o dinheiro e aplicá-lo em investimentos mais rentáveis. Em resumo, o FGTS tem uma rentabilidade muito baixa, e até perde para a poupança em momentos como o que estamos vivendo hoje em dia, com os juros em patamar bastante elevado.

Contudo, há um grande problema nessa modalidade: os brasileiros não possuem grandes conhecimentos em educação financeira. Na verdade, a maioria das pessoas não sabe direito como usar o dinheiro e acabam prejudicados, gastando todo o valor de maneira inconsequente.

Especialistas afirmam que o saque-aniversário deve ser escolhido apenas por quem possuir reserva de emergência. Assim, mesmo que algo inesperado aconteça e leve a pessoa a uma eventual crise financeira, ela terá como superar o momento de dificuldade, pelo menos por algum tempo.

Em contrapartida, caso o trabalhador tenha dificuldade em juntar dinheiro ou aplicá-lo em algum investimento, sem gastá-lo, o indicador é continuar com o saque-rescisão.

Em suma, o saque-aniversário costuma ser escolhido pelos trabalhadores que precisam do dinheiro. Uma pequena parte opta por esta modalidade para investir o dinheiro. E, temendo que essas decisões prejudiquem os trabalhadores no futuro, o governo Lula cogita acabar com o saque-aniversário.

Ministro anuncia fim da modalidade, mas volta atrás

Há cerca de duas semanas, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou em entrevista ao jornal O Globo que o governo Lula pretendia acabar com a modalidade. A declaração pegou muita gente de surpresa e causou uma grande polêmica, com diversos comentários negativos nas redes sociais.

Também houve posições favoráveis ao fim do saque-aniversário, e muitos relatos informavam como essas retiradas anuais prejudicaram os trabalhadores do país.

“Nós vamos rever, nós vamos rever. O FGTS tem dois objetivos, historicamente. Um deles é estimular um fundo para investimento, que é de habitação. E nós criamos, eu criei, quando ministro do Trabalho, o FI-FGTS, para financiar produção, projetos para gerar empregos e crescimento, para aumentar ainda mais o Fundo e beneficiar os cotistas”, disse Marinho.

“Outro objetivo é a poupança do cotista, do trabalhador, para socorrer no momento da angústia do desemprego. Quando se estimula, como esse irresponsável e criminoso desse governo que terminou, sacar em todos os aniversários, quando o cidadão precisar dele (do FGTS), não tem. Como tem acontecido reclamação de trabalhadores demitidos que vão lá e não têm nada”, acrescentou.

Em resumo, o ministro aproveitou a entrevista para criticar o governo Bolsonaro, que chegou ao fim no dia 31 de dezembro de 2022. De acordo com Marinho, a liberação anual do FGTS, apesar de limitada, poderia gerar grandes problemas para os trabalhadores no futuro.

No entanto, no dia seguinte à entrevista, o ministro voltou atrás devido à repercussão negativa. Em suma, ele relatou em suas redes sociais que o objetivo do governo Lula consiste em cuidar da população. “A nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança”.

Seja como for, não há informação oficial sobre qual será a decisão do governo Lula. Os trabalhadores seguem atentos, aguardando pelo fim dessa novela.

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