Muitos brasileiros vêm se perguntando quando será o pagamento da próxima parcela do Auxílio Gás. Isto é, programa que concede 100% o valor do preço médio do gás de cozinha a famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social e econômica.
A implementação do benefício ocorreu durante o ano de 2021, quando os preços do produto sofreram um grande aumento. Os valores inacessíveis se deram em razão de diferentes questões políticas, econômicas e, também pela pandemia de Covid-19. Nesse sentido, um fator de grande impacto foi a política de preços da Petrobras, que passou a incorporar o preço internacional.
Assim, os participantes do auxílio passaram a receber a quantia de R$ 112 bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Inicialmente, o benefício apenas pagava 50% do valor do produto, mas agora segue pagando 100% do valor médio do gás de cozinha.
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De acordo com o calendário do Ministério do Desenvolvimento Social, a próxima parcela do Auxílio Gás começa a partir do dia 20 de junho. É importante salientar que o pagamento do programa segue o mesmo calendário do Bolsa Família, ou seja, as mesmas datas. Portanto, paga de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) de cada participante.
Quem pode receber o Auxílio Gás?
Poderão participar do Auxílio Gás, aquelas famílias com inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), ou seja, a principal plataforma de dados sociais do Governo Federal. Além disso, é necessário ter renda mensal de até meio salário mínimo, R$ 660 atualmente.
De acordo com as regras do programa, famílias que apresentam integrantes do Benefício de Prestação Continuada, o BPC, também possuem o direito de receber as parcelas do Auxílio Gás.
Assim, para selecionar quais cidadãos irão participar do benefício social, o Governo Federal utiliza as seguintes bases de dados:
- Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
- Plataforma Cadastro Único.
De acordo com dados do Governo Federal, o benefício, durante o mês de abril, alcançou a marca de 5,7 milhões de famílias.
Como receber o benefício?
O saque dos valores do benefício podem ocorrer em um dos terminais de atendimento da Caixa Econômica Federal, que é a instituição bancária responsável pela operacionalização financeira do auxílio. Além disso, também é possível retirar o valor em casas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou em agências físicas do banco estatal.
É importante frisar que a quantia deverá ser movimentada pelo beneficiário em até 120 dias. No entanto, caso isto não ocorra, os valores retornarão aos cofres da União. Os valores do Auxílio Gás também podem ser movimentados por meio do Caixa Tem.
A saber, o cálculo das parcelas do programa ocorrem por meio de uma análise da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP. Conforme mostrou a pasta responsável pela coordenação do benefício, o valor total previsto para investimento do Governo Federal no Auxílio Gás cresceu cerca de 31,5%, passando de R$ 2,8 bilhões em 2022, para 3,7 bilhões neste ano de 2023.
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Como se cadastrar no Auxílio Gás?
Para ter acesso as parcelas do Auxílio Gás, a família deverá baixar o aplicativo Cadastro Único em seu aparelho celular. Inicialmente, será necessário que a unidade familiar efetue seu pré-cadastro por meio do aplicativo, informando os dados dos membros da sua família.
Então, após realizar o pré-cadastro, o responsável familiar (pessoa que realizou a inscrição), possui o prazo de até 120 dias para ir a uma das unidades do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) de seu município. Assim, poderá finalizar o processo de cadastro.
Quando o responsável familiar comparecer ao atendimento presencial, deverá portar o seu CPF ou título de eleitor. Além disso, também deve apresentar a Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento, RG, CPF, Carteira de Trabalho ou Título de Eleitor dos membros que fazem parte de sua família.
Isso significa que não há um cadastro próprio para o Auxílio Gás. O cidadão apenas deve estar no Cadastro Único ou no BPC, seguindo as regras do programa. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, é possível acessar informações sobre o benefício através do aplicativo Bolsa Família, além do aplicativo Caixa Tem.
Petrobras altera sua política de preços
Durante a última terça-feira, 16 de maio, o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, divulgou a redução dos preços da gasolina, gás de cozinha e diesel. Os novos valores, então, passaram a valer já nesta quarta-feira, 17 de maio.
O comunicado ocorreu junto do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após reunião entre o líder da pasta e o presidente da estatal em Brasília. De acordo com Prates, as reduções dos preços nas distribuidoras serão as seguintes:
- Gasolina A: diminuição de R$ 0,40 por litro, redução de 12,6%;
- Diesel A: diminuição de R$ 0,44 por litro, redução de 12,8%;
- Gás de cozinha (GLP): diminuição de R$ 8,97 por botijão de 13 kg, redução de 21,3%.
Com a modificação da política de preços da empresa estatal, a quantia do botijão de gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha, pode ficar abaixo dos R$ 100. Contudo, o valor que os revendedores aplicam no produto não passa por controle do governo.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda“, frisou a Petrobras no anúncio.
Assim, é possível que isso afete o Auxílio Gás, tornando o benefício menos urgente.
Acabou a PPI
No início da manhã da última terça-feira (16), a Petrobras divulgou que estava adotando uma nova política de preços para os combustíveis no mercado nacional.
Desta forma, a fórmula anterior de Paridade de Preço de Importação (PPI) deixará de ser utilizada. Isto é, trata-se de política que se baseava nas flutuações do dólar e do mercado externo.
“Essa nova política, além de servir a uma política comercial adequada, que é competir internamente e tornar os preços mais atrativos para o consumidor, vai diminuir o impacto na inflação. E vai ajudar o Brasil inclusive a sensibilizar, por exemplo, o Banco Central para que a gente possa diminuir a nossa taxa de juros“, pontuou o ministro Alexandre Silveira.
“A Petrobras vai se livrar de muitas amarras que a colocavam, muitas vezes, até mal posicionada. Porque a volatilidade era obrigatoriamente cumprida por ela, muitas vezes, de forma a prejudicar o consumidor e a própria empresa. Ganha o governo, mas ganham principalmente as brasileiras e os brasileiros“, completou o líder do Ministério de Minas e Energia. Ainda será necessário verificar os impactos destas mudanças no Auxílio Gás.