O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (8) que o Auxílio Emergencial vai mesmo passar por uma prorrogação. A informação confirma aquilo que os jornais estavam falando desde a noite da última segunda-feira (7), mas com algumas diferenças.
De acordo com o Ministro, a prorrogação vai durar até que toda a população adulta do Brasil receba a vacina contra a Covid-19. De acordo com Paulo Guedes, isso deve acontecer dentro de um intervalo de dois ou três meses. Assim, o Auxílio passaria a durar até o próximo mês de outubro.
“Possivelmente nós vamos estender agora o benefício emergencial por mais dois ou três meses, porque a pandemia está aí”, disse o Ministro em conversa com jornalistas nesta terça-feira (8). Ele confirma portanto a informação que parte da imprensa trouxe no dia anterior.
“Os governadores estão dizendo que, em dois ou três meses, a população brasileira adulta vai estar toda vacinada. Então, nós vamos renovar por dois ou três meses o auxílio, e logo depois entra, então, o novo Bolsa Família, já reforçado”, completou Paulo Guedes.
Não se sabe, no entanto, o que pode acontecer se o processo de vacinação seguir lento. Neste caso, pelo menos de acordo com a fala de Guedes, pode ser que o programa passe por uma nova prorrogação. No entanto, isso não ficou muito claro na fala do Ministro.
Ritmo da vacinação
A expectativa do Ministro de acabar a vacinação da população adulta do Brasil em dois ou três meses é otimista. Ou pelo menos é mais otimista do que a opinião da grande maioria dos especialistas em saúde pública no Brasil. É que há um temor de que os atrasos persistam.
Em entrevista coletiva recente, o Governador de São Paulo, João Dória, disse que iria conseguir vacinar toda a população adulta do estado até o próximo mês de outubro. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, foi à público dizer que o Governador estava sendo otimista demais.
É que os especialistas levam em conta não só a agilidade do Governo Federal, mas todos os problemas que acontecem em volta. Há casos, por exemplo, em que as pessoas não estão voltando para tomar a segunda dose do imunizante. E isso também seria um problema grave nesta situação.
Também há de se considerar o ritmo em que as vacinas internacionais irão chegar ao Brasil. É que esse processo nem sempre depende do Governo brasileiro. É portanto uma situação que não depende apenas do Palácio do Planalto ou mesmo dos Governadores dos estados.
Auxílio Emergencial
No entanto, mesmo sabendo de tudo isso, o Ministro da Economia prefere seguir afirmando que a expectativa é mesmo aplicar essas vacinas na população adulta em, no máximo, três meses. E esse seria o tempo que o Auxílio Emergencial tomaria para fazer mais pagamentos.
Caso essa prorrogação se confirme, então o país iria empurrar o novo Bolsa Família para o próximo mês de novembro. Isso aconteceria porque o Auxílio tende a acabar em outubro. O Ministro Paulo Guedes evitou dar mais detalhes sobre essa decisão do Palácio do Planalto.