Auxílio Emergencial: quais são as chances de retorno do programa?

De acordo com relatos nas redes sociais, muita gente ainda está pedindo para que o Governo retome os pagamentos do Auxílio Emergencial

O Governo Federal terminou oficialmente ainda no último mês de outubro os pagamentos do seu Auxílio Emergencial. O programa estava repassando parcelas que variavam entre R$ 150 e R$ 375. De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, cerca de 39 milhões de pessoas chegaram a receber o benefício.

Com o fim do programa, estima-se que cerca de 25 milhões de brasileiros ficaram sem nada neste mês de novembro. E o mais provável é que a grande maioria dessas pessoas não consiga entrar no Auxílio Brasil. Por isso, tem muita gente pedindo para que o Governo Federal retome esses pagamentos.

“Esse Bolsa Família não está atendendo todo mundo. Seria melhor voltar o Auxílio Emergencial. O dinheiro era pouco mas ajudava. Emprego não está fácil em lugar nenhum”, disse um internauta em um comentário no Instagram. Aparentemente ele não está sozinho. Muita gente concorda com essa ideia. É o que se sabe.

Mas quais são as reais chances de retorno do Auxílio Emergencial? Neste momento, elas são bem baixas. Pelo menos é isso o que se consegue pescar pelas informações de bastidores. A maior parte do Governo Federal acredita que não vai conseguir mais pagar o dinheiro do programa por mais alguns meses.

Recentemente, o próprio Presidente Jair Bolsonaro disse que o Auxílio Emergencial não vai mesmo mais voltar. Em entrevista para uma rádio do Mato Grosso do Sul, ele disse que isso seria ruim para o orçamento do país. “Querem que a gente prorrogue. Prorrogar até quando? O Brasil está no limite”, disse ele.

Promessa de Guedes

Vale lembrar que o Governo Federal não era contrário a uma prorrogação do Auxílio Emergencial há alguns meses atrás. Alguns membros do Palácio do Planalto diziam que a possibilidade existia e era forte.

Um desses membros, aliás, foi o próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes. Em diversas entrevistas ele garantiu que o Governo Federal poderia prorrogar o benefício por mais algum tempo ainda este ano.

Só que ele disse também que só faria isso caso a pandemia do novo coronavírus não apresentasse uma diminuição no seu contágio no Brasil. Com a aparente queda no número de mortes e hospitalizações, o cenário para a prorrogação do Auxílio Emergencial mudou completamente.

Plano B para Auxílio

Nas últimas semanas, membros do Governo Federal falaram abertamente sobre a possibilidade de prorrogação do Auxílio Emergencial como uma espécie de plano B para a não aprovação da PEC dos Precatórios.

Em resumo, caso esse texto não passe no Senado, o Governo não encontraria espaço para bancar o aumento do novo Bolsa Família. E aí as atenções poderiam voltar a ser a prorrogação do Auxílio Emergencial.

Há quem diga, no entanto, que isso vai ser muito difícil de acontecer. É que o Governo Federal parece decidido a focar todas as suas atenções para o Auxílio Brasil, que é o substituto do Bolsa Família neste momento. Pelo menos é isso o que se sabe até aqui. Tudo pode mudar.

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