Auxílio emergencial em 2021 é tema central na disputa pela Câmara
Uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial tornou-se um dos temas principais na disputa pelo comando do Congresso Nacional. Na Câmara, os dois principais candidatos já se posicionaram a favor de discutir a retomada do programa.
A pressão para a prorrogação do programa se torna cada vez maior entre os parlamentares e já entrou no radar do Ministério da Economia. No entanto, de acordo com informações do Estadão, a equipe econômica avalia que, caso haja necessidade de retomar o pagamento do benefício, o valor precisará ficar abaixo dos R$ 300.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou publicamente a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial caso uma segunda onda de infecções da covid-19 atinja o país. No entanto, até o momento, nenhum movimento foi realizado.
Desde já, a afirmação é que um benefício de R$ 300 ou mais é financeiramente insustentável. Em 2020, o Brasil se endividou para destinar um total de R$ 322 bilhões ao pagamento do auxílio emergencial.
Debate no Congresso
Recentemente, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) deu início à coleta de assinaturas de apoio a um requerimento de convocação extraordinária do Congresso em janeiro para votar um novo decreto de calamidade, a renovação do auxílio emergencial e a universalização de uma vacina contra o coronavírus.
O debate sobre medidas de ajuda também está no foco dos principais candidatos à presidência da Câmara. Na última quarta-feira, 06 de janeiro, ao lançar oficialmente sua campanha, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu aumentar o Bolsa Família ou retomar o pagamento do auxílio emergencial.
“Ano passado, parecia que íamos virar o ano e a pandemia ia acabar. Essa não é a realidade. Hoje, temos milhões de brasileiros que vão deixar de receber o auxílio e voltar a ter dificuldade do mais básico, que é ter alimento na sua mesa”, afirmou Baleia.
O deputado Arthur Lira (PP-AL), um dos principais concorrentes pelo comando da Câmara, também afirmou sua defesa ao fortalecimento de políticas sociais. Em uma de suas redes sociais, o candidato informou seu plano de uma reorganização dos programas de renda mínima, “mas sem abrir mão da austeridade fiscal e do teto de gastos”. “A demagogia fiscal sempre custa caro para o País e, em especial, para os mais pobres”, escreveu o deputado.