Milhares de pessoas que não estão conseguindo receber parcelas do Auxílio Emergencial estão passando a pedir ajuda para a Defensoria Pública da União (DPU). Esse órgão está abrindo processos para tentar ajudar os cidadãos nestes casos. Muitos brasileiros estão traçando esse caminho para tentar entrar no benefício.
De acordo com as informações oficiais, mais de 50 mil pessoas pediram essa ajuda para a DPU. Isso considerando apenas os dados do estado do Ceará. Dá para dizer portanto que esse número é muito maior nacionalmente falando. São muitos brasileiros que estão tentando recuperar o dinheiro através da justiça.
A grande maioria dessas pessoas fez isso depois de tentar receber a quantia e não conseguir. Em muitos casos, por exemplo, o cidadão faz o pedido e o Governo nega. E mesmo depois de uma contestação, o Dataprev segue negando o recebimento. Depois disso, a saída mais clara é mesmo a DPU.
Só no Ceará, estado que divulgou os seus dados, mais de 2 mil pessoas decidiram entrar na Justiça contra o Governo. Ainda não se sabe quantos conseguiram reaver o dinheiro, quantos não conseguiram e qual o montante dos indivíduos que ainda estão esperando uma decisão. O que se sabe mesmo é que esse processo não é nada tranquilo.
De acordo com analistas, o melhor a se fazer diante de uma negativa do Auxílio Emergencial é tentar resolver a situação administrativamente. Entrar em contato com o Ministério da Cidadania, por exemplo, pode ser uma opção. Entrar na Justiça contra o Governo poderia ser portanto uma última opção. É, no entanto, um direito legítimo do trabalhador.
Governo e DPU
De acordo com informações de membros da Defensoria Pública da União (DPU) a grande maioria dos pedidos de ajuda acontece por divergência de dados. Esse é o motivo que mais está levando as pessoas a fazerem reclamações oficiais na Justiça.
Basicamente isso acontece quando o cidadão discorda do motivo pelo qual o Auxílio foi bloqueado ou não aceito. Pode ser uma informação de limite de renda, de número de usuários na família ou mesmo uma confusão nos registros de certidões de óbitos ou de nascimentos.
Para evitar que casos como esses aconteçam, a dica principal é atualizar o Cadúnico sempre que uma mudança acontecer na família. Um simples nascimento de um bebê exige a atualização o mais rápido possível. Pelo menos essa é a ideia.
Atualização do Cadúnico
De acordo com as informações do próprio Governo Federal, o cidadão que quer atualizar o seu Cadúnico precisa se dirigir para o seu Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). É preciso ter atenção porque algumas sedes só atendem com agendamento.
Chegando no lugar, é preciso informar que quer atualizar o cadastro. O próprio agente vai verificar os dados da pessoa e vai dizer o que está faltando. É importante levar os documentos de todos os integrantes da sua família em questão.
Mesmo nos casos em que não há uma mudança na família, é importante fazer a atualização. De acordo com agentes do CRAS, todo mundo deve ir pelo menos uma vez ao ano para esses locais para fazer essa atualização.