Auxílio emergencial com mais parcelas até 2022? Ministério diz que vai quebrar teto
Membros ligados ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, continuam campanha contra prorrogação do Auxílio Emergencial
O Governo Federal está neste momento muito próximo de bater o martelo sobre uma prorrogação do Auxílio Emergencial. De acordo com informações de bastidores, é provável que eles decidam estender o programa por mais alguns meses. Mas se depender do Ministério da Economia, isso não vai acontecer.
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Segundo notícias que circulam pela imprensa, pessoas ligadas ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, estão tentando fazer de tudo para isso não acontecer. Em conversa com a jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo, uma fonte chegou a dizer que uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial acabaria quebrando o teto de gastos.
De acordo com essa fonte, que não quis se identificar, a situação é ruim independente do que aconteça. Eles acreditam que o teto de gastos se romperia mesmo se o Governo federal opte por prorrogar o programa através da PEC dos precatórios. A saída que visa usar créditos extraordinários também não está agradando.
O Ministério vem dizendo também que uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial poderia acabar se voltando contra os mais pobres. Eles estão afirmando que essa solução poderia acabar fazendo com que a inflação continuasse alta. Assim, ainda na visão deles, tudo seguiria muito caro.
Por último, eles estão usando até mesmo um argumento eleitoral. De acordo com eles, uma prorrogação poderia acabar se virando contra o próprio Presidente Jair Bolsonaro. Isso porque ele teria que cortar o benefício não agora, mas no próximo ano. E essa medida impopular poderia ter que ser feita justamente às vésperas das eleições presidenciais.
Teto de gastos
Não é de agora, no entanto, que o teto de gastos é assunto dentro do Governo Federal. Neste mesmo momento, o próprio Ministério da Economia está sendo acusado de quebrar esse limite de gastos para tentar pagar o Bolsa Família turbinado.
De acordo com o Ministro Paulo Guedes, a ideia principal neste momento é aprovar a PEC dos precatórios. Esse é o documento que vai permitir que o Governo Federal parcele dívidas. Há quem diga que isso seria um crime de responsabilidade.
Na prática, a mesma equipe econômica que agora está acusando a prorrogação de quebrar o teto de gastos, também sobre essa mesma acusação em relação ao processo de criação do programa Auxílio Brasil.
Engano sobre Auxílio
Em evento no último final de semana, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a confirmar a informação de que o Auxílio Emergencial vai ser prorrogado. Só que logo depois, a própria pasta negou.
Em nota, o Ministério da Economia disse que o Ministro acabou se confundindo com os termos. No final das contas, o que eles disseram é que o Auxílio Emergencial ainda não está prorrogado. Pelo menos não de maneira oficial.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial atende algo em torno de 35 milhões de brasileiros. Esse número inclui os informais e aqueles que fazem parte do programa através do Bolsa Família. É o que dizem os dados oficiais.
Auxílio emergencial terá 7ª parcela
O Governo Federal conclui na última semana o calendário de pagamentos da 6ª parcela do Auxílio Emergencial. E o fato é que os usuários do programa já querem saber se falta muito tempo para o início dos repasses do próximo ciclo. De acordo com as informações oficiais, já há uma data para isso.
Segundo o calendário do Auxílio Emergencial, a 7ª parcela vai começar a ser paga oficialmente no próximo dia 18 de outubro. Vai ser exatamente nesta data que os usuários do Bolsa Família poderão pegar esse dinheiro. Neste primeiro momento, nós estamos falando especificamente daqueles que possuem o Número de Inscrição Social (NIS) terminando em 1.
Já para os informais, os pagamentos da 7ª parcela devem começar no dia 20 de outubro. Nesse dia, a liberação do dinheiro vai acontecer para aqueles que nasceram no mês de janeiro. Esse grupo inclui as pessoas que se inscreveram no Auxílio Emergencial através do site oficial ou aqueles que fazem parte do Cadúnico mas que não estão no Bolsa Família.