Auxílio: Governo poderá gastar R$ 41 bilhões a mais a partir de 2023

Auxílio Brasil: REVELADO quanto o Governo poderá gastar a partir de 2023

Caso MP do Auxílio Brasil seja aprovada no Senado Federal e sancionada pelo Governo, gastos com o programa aumentariam em 2023

A Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil que está sendo discutida neste momento pelo Congresso Nacional, conta com uma série de pontos polêmicos. Uma das questões que está levantando debate é a situação das contas públicas. Em caso de aprovação do documento, o Governo Federal teria que gastar R$ 41 bilhões a mais com o programa a partir de 2023.

A MP do Auxílio Brasil já foi aprovada pela Câmara dos Deputados ainda na semana passada. Na ocasião, os deputados decidiram que o Benefício Extraordinário, hoje garantido até o final deste ano, deve se tornar permanente. Assim, as pessoas poderiam receber valores maiores também a partir de 2023.

O Benefício Extraordinário é justamente o complemento que impede que qualquer cidadão receba menos do que os R$ 400 mínimos exigidos em lei. Segundo o Ministério da Cidadania, pouco mais de 18 milhões de cidadãos estão aptos ao recebimento do projeto neste momento. Em abril, por exemplo, pouco mais de 18,06 milhões receberam o dinheiro.

O Ministério da Cidadania também aponta que a maioria dos usuários que fazem parte do Auxílio Brasil recebem naturalmente menos do que os R$ 400. Considerando os números do final do ano passado, que são os mais recentes divulgados, pouco mais de 90% dos usuários do programa recebem menos do que o patamar mínimo exigido.

Assim, os que pegam menos do que o valor mínimo precisam receber o Benefício Extraordinário para chegar nos R$ 400. Em números totais, o Governo teria que juntar mais R$ 41 bilhões para pagar apenas os valores adicionais para este público. O valor se juntaria aos R$ 47,5 bilhões que ficam disponíveis todos os anos para o Bolsa Família e o Auxílio Brasil.

PEC dos Precatórios

Em 2020, o Governo Federal conseguiu pagar valores mais altos em seus programas sociais, justamente porque o país estava sob o período de calamidade pública. O dispositivo permitia que o Planalto gastasse mais do que o permitido pelo teto de gastos.

Em 2022, o país não está mais sob o período de calamidade pública. Dessa forma, o Governo, em tese, precisa voltar a respeitar o teto de gastos públicos. Entretanto, o Planalto conseguiu aprovar a PEC dos Precatórios, que dividia as dívidas do estado com a Justiça.

O ato permitiu que o Governo subisse os valores do Auxílio Brasil para um mínimo de R$ 400 para todos os usuários. Para 2023, o Planalto teria que conseguir outro fator extra para conseguir manter os pagamentos neste nível atual.

Auxílio Brasil a partir de 2023

A lei que está prestes a ser aprovada no Congresso Nacional, não faz nenhuma forma de distinção de governo. Assim, independente de quem ganhar as eleições em outubro, a tarefa precisará ser cumprida pelo atual ou pelo novo presidente.

Em entrevista na última sexta-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou que poderá mexer em algumas peças do teto de gastos logo depois das eleições. Antes, informações de bastidores já sinalizavam que o chefe do executivo estaria incomodado com os limites orçamentários impostos.

Além de Bolsonaro, outros pré-candidatos como o ex-presidente Lula (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também chegaram a sinalizar, em mais de uma oportunidade, o plano de acabar com o teto de gastos caso cheguem ao poder em 2023.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?