Auxílio Brasil: Paulo Guedes diz que programa é essencial para a economia de 2022
Para o ministro, o programa social poderá minimizar as expectativas para a economia do próximo ano.
Na última quinta-feira, 16 de dezembro, o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre suas projeções para 2022. De acordo com ele, então, 2022 deve ser um ano delicado para o setor econômico do país.
No entanto, para ele, o aumento dos investimentos e o pagamento das parcelas de R$ 400 do Auxílio Brasil devem contribuir para uma possível melhora do cenário.
“Sim, será um ano difícil, mas cuidado com as previsões. Se erraram três vezes, podem errar quatro. É só ficar um pouco mais moderado, um pouco mais tranquilo, despolitizar um pouquinho a interpretação dos dados econômicos”, relatou o ministro durante entrevista à imprensa logo após reunião do conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI).
De acordo com líder da pasta econômica, os especialistas sabem que o combate à inflação colabora para o crescimento da taxa de juros. O que, em consequência, gera a desaceleração da economia.
“O ano que vem será resultante de dois vetores. Por um lado, o combate à inflação; por outro lado, a taxa de investimentos aumentando sistematicamente, a ampliação dos nossos programas de investimento e também do Auxílio Brasil, que é um programa forte de transferência de renda para 17 milhões de famílias. Esse consumo vai estar aquecido e do outro lado o investimento também está se aquecendo”, declarou Guedes.
Ministro também falou de outras medidas para a economia
Nos últimos dias, o ministro vem falando mais sobre o aumento de investimentos privados, que foram apresentados a possíveis investidores durante a visita de Bolsonaro ao Oriente Médio. Segundo o mesmo, a taxa de investimento se encontra no ponto mais elevado desde o ano de 2013, em 19,4%.
“Isso significa uma reativação dos investimentos como não há desde 2013. Todo ano está subindo mais um pouco. E não só estamos investindo muito mais, como em toda essa fronteira de saneamento, gás natural, petróleo, aeroportos, portos, ferrovias, rodovias, terminais pesqueiros, ativos ambientais”, frisou o ministro.
Assim, da mesma maneira como o Auxílio Emergencial se mostrou importante para a economia em momento de crise, o Auxílio Brasil também terá papel de destaque. Os programas sociais se mostram essenciais para apoiar aqueles que mais precisam.
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Governo também se atenta a orçamento do Auxílio Brasil
Após a aprovação da PEC dos Precatórios, o governo conseguiu a liberação de um espaço fiscal no Orçamento do próximo ano de aproximadamente R$ 106,1 bilhões. Esta, portanto, trata-se de Proposta de Emenda Constitucional flexibiliza o pagamento de dívidas judiciais da União e altera o fator de correção do cálculo do teto de gastos.
No entanto, a equipe econômica do governo já demonstrou que tem a intenção de limitar os gastos para públicos com o objetivo de impedir gastos excessivos no próximo ano.
Apesar das despesas ainda estarem limitadas pela regra do teto de gastos, ainda existe a possibilidade da criação de novas medidas, como o auxílio combustível que o governo pretende conceder aos caminhoneiros.
Contudo, diversos especialistas econômicos acreditam que a atual equipe do Ministério da Economia não conseguirá conter as pressões para a criação de novos benefícios. Assim, haverá o aumento dos gastos públicos da gestão, principalmente em razão de 2022 se tratar de um ano eleitoral.
Programas sociais terão importância para as eleições
Com o aumento da taxa de juros do Banco Central para amenizar o aumento da inflação, economistas acreditam que o país se encontra em um momento favorável à solicitação de concessão de crédito mais barato.
Além disso, integrantes do Ministério da Economia acreditam que, com as eleições de 2022, cresça a pressão para o lançamento de programas e medidas populistas. No entanto, estes também destacam a importância de se manter o rigor fiscal para impedir um possível descontrole das contas públicas.
Recentemente, Paulo Guedes perdeu quatro integrantes de sua pasta logo após a definição de Bolsonaro sobre a alteração do teto de gastos e a ampliação das parcelas do Auxílio Brasil para o valor mínimo de R$ 400 até o fim do próximo ano.
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Congresso Nacional finaliza PEC dos Precatórios
Durante a última quinta-feira, 16 de dezembro, o Congresso Nacional finalizou a promulgação total da PEC dos Precatórios. Isto é, proposta que viabiliza o pagamento do Auxílio Brasil, novo programa de transferência de renda do Governo Federal.
Assim, a expectativa do governo é que se abra um espaço fiscal no Orçamento do próximo ano de cerca de R$ 106,1 bilhões.
Durante a sessão da tarde da última quinta-feira, parlamentares promulgaram o trecho da proposta que fixa o limite para pagamento dos chamados precatórios. Nesse sentido, somente esta parte já possibilita a abertura de R$ 43,8 bilhões no Orçamento de 2022, de acordo com análise do Ministério da Economia.
Além de limitar o pagamento das dívidas judiciais da União até 2026, a PEC altera o fator de correção do teto de gastos. Isto é, a norma que limita o crescimento dos gastos públicos em relação à inflação.
Fatiamento da PEC
Durante a última semana, o Congresso Nacional já havia promulgado parte do texto. Assim, foi possível ter uma folga de R$ 62,2 bilhões aos cofres públicos do governo para o próximo ano.
A modificação, que já se encontra em vigor, consiste na alteração do período para o cálculo da inflação a ser adotada no teto de gastos.
Dessa forma, o governo terá um espaço fiscal de R$ 106 bilhões para o próximo ano. Então, segundo o Ministério da Economia, a maioria dos recursos obtidos pela promulgação da proposta servirá para financiar o Auxílio Brasil.
De acordo com o governo, somente para pagar a parcela de R$ 400 em 2022, serão necessários cerca de R$ 54,6 bilhões do orçamento.
Portanto, o governo espera continuar com o pagamento das parcelas de R$ 400 do benefício e também aumentar o número de famílias do programa. Atualmente, o Auxílio Brasil contempla cerca de 14,6 milhões de famílias brasileiras que já participavam do Bolsa Família. A intenção da gestão é de aumentar este número para pelo menos 17 milhões de unidades familiares, encerrando, assim, a fila de espera do benefício.