Auxílio Brasil: Ministros divergem sobre valor que deverá ser pago

Parte dos ministros acredita que o Governo precisa aumentar o Auxílio Brasil. Outros acreditam que é importante pagar menos

O Governo Federal está a pouco mais de um mês do início das liberações do Auxílio Brasil. Esse é o programa que deverá substituir o Bolsa Família a partir do próximo mês de novembro. Acontece, no entanto, que a definição em torno dos valores dos pagamentos ainda está quente dentro do Palácio do Planalto.

De acordo com informações da imprensa, ministros estão discutindo a possibilidade de aumentar ainda mais os valores do projeto. Ainda segundo essas notícias, o Ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni e o da Economia, Paulo Guedes, seriam os pivôs de toda essa discussão até o momento.

Lorenzoni estaria pressionando o Governo Federal a aumentar mais os valores do Auxílio Brasil. E ele estaria acreditando que o Planalto deveria fazer isso mesmo considerando uma possível quebra do teto de gastos. Por outro lado, Paulo Guedes acredita que seria inaceitável fazer isso neste momento.

Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Bolsa Família atende algo em torno de 35 milhões de pessoas. Os valores médios dos pagamentos estão agora na casa dos R$ 189. Agora, o Ministério da Economia acredita que o ideal seria subir esse patamar para a casa dos R$ 300. Só que tem gente querendo que o aumento seja maior.

Membros do grupo político conhecido como Centrão afirmam que Bolsonaro precisa pagar um aumento muito maior para o programa. Há quem fale em R$ 500 ou até mesmo R$ 600. Eles acreditam que isso poderia fazer com que ele conseguisse reverter a queda de popularidade que as pesquisas estão apontando.

Valor

Um detalhe importante em toda essa questão é que o valor que será definido para o Auxílio Brasil este ano terá que ser repetido em 2022. Isso acontece porque existe uma lei eleitoral que impede a criação de novos programas em anos de eleição.

Então o Governo não vai poder fazer alterações daqui a mais de três meses. O que eles decidirem fazer agora, vai ter que seguir para 2022. O plano de Paulo Guedes é subir a média para R$ 300 e seguir assim para o ano eleitoral.

É justamente por isso que há tanta confusão em torno desse tema. Aliados do Presidente Jair Bolsonaro querem aumentar o valor do programa para R$ 400 ou mesmo R$ 500 já a partir deste mês de novembro. Não se sabe, no entanto, se eles irão conseguir isso.

Prorrogação do Auxílio

Além dessa questão do novo Bolsa Família, Paulo Guedes também está tendo que lidar com os pedidos pela prorrogação do Auxílio Emergencial. Esse é portanto outro ponto que está causando muita discussão neste momento.

Hoje, o que se sabe é que o Auxílio Emergencial só vai ter mais um pagamento pela frente. Só que no que depender do Ministro da Cidadania, João Roma, a prorrogação já é uma realidade e deverá ser anunciada em breve.

O que estaria faltando saber mesmo é qual vai ser o tamanho dela. Há quem diga, por exemplo, que o ideal mesmo seria prorrogar o Auxílio Emergencial até o final de 2022, ou seja, até depois das eleições presidenciais.

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