Auxílio Brasil de R$ 600 não é suficiente para comprar cesta básica
A partir do dia 18, a Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos da parcela de julho do Auxílio Brasil. De acordo com o Ministério da Cidadania, em junho, 18,15 milhões de famílias receberam o benefício, totalizando o investimento em R$ 7,6 bilhões. O programa garante um repasse mínimo de R$ 400 a cada beneficiário. O repasse médio recebido pelas famílias foi de R$ 402.
Com a aproximação das eleições que ocorrerão em outubro, o Presidente Jair Bolsonaro realizou algumas mudanças no valor do Auxílio Brasil. Mesmo com a possibilidade de romper o teto de gastos, o presidente sancionou uma medida provisória que pode levar o benefício a R$ 600. Contudo, mesmo com esse aumento o valor não é suficiente para compra de uma cesta básica.
Calendário de pagamento do Auxílio Brasil
O benefício é destinado a famílias em situação de extrema pobreza. Famílias em situação de pobreza também podem receber desde que tenham, entre seus membros, gestantes ou pessoas com menos de 21 anos.
As famílias em situação de extrema pobreza são aquelas que possuem renda familiar mensal per capita de até R$ 105. As em situação de pobreza têm renda familiar mensal per capita entre R$ 105,01 e R$ 210. Veja a seguir o calendário de pagamento do Auxílio Brasil para o mês de julho:
Final do NIS | Pagamento de julho |
1 | 18/julho |
2 | 19/julho |
3 | 20/julho |
4 | 21/julho |
5 | 22/julho |
6 | 25/julho |
7 | 26/julho |
8 | 27/julho |
9 | 28/julho |
0 | 29/julho |
Para receber informações sobre o benefício, é possível ligar no telefone 121, do Ministério da Cidadania, para determinar o valor que será pago e se tem direito ao benefício. Essas informações também podem ser obtidas na Central de atendimento da Caixa, pelo telefone 111.
Valor da cesta básica
Na capital paulista, o preço da cesta básica é de R$ 777,93, mostrando que o valor do auxílio não é o suficiente. Este cenário é parecido em Florianópolis e Porto Alegre, que fica apenas alguns reais mais barata, batendo os R$ 772,07 e R$ 768,76, respectivamente. O benefício só é o suficiente em apenas cinco regiões do Brasil: Aracaju, João Pessoa, Natal, Recife e Salvador e ainda assim todas as cestas estão acima de R$ 540.
De acordo com dados do Dieese, o poder de compra do brasileiro caiu consideravelmente de 2020 para cá. Lembrando que na época, o Auxílio Emergencial de R$ 600 era suficiente para adquirir os alimentos em todas as 17 capitais pesquisadas e ainda sobrava para outros gastos. A mais cara era a de São Paulo, que chegava a R$ 556,25. Já a mais barata se encontrava em Aracaju, por R$ 401,37.
Deve-se lembrar que o Auxílio Emergencial, corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), também é maior que o Auxílio Brasil. Hoje, o tíquete seria de R$ 719,40 – o que ainda impossibilita a compra das cestas básicas em algumas capitais.