Auxílio Brasil auxiliará a economia de 2022

Dentre outras medidas, o programa social será importante para a economia neste ano.

Especialistas acreditam que as parcelas do Auxílio Brasil e o retorno do investimento no setor privado voltem a equilibrar o setor econômico brasileiro. Principalmente após o indicativo de normalização do setor de serviços, o que mais emprega no país atualmente.

Além disso, com a aproximação do pleito eleitoral deste ano, aparece também um conjunto de incertezas de possíveis investidores. Estes, então, temem que o Ministério da Economia, pasta do ministro Paulo Guedes, mantenha seu compromisso e não possibilite a criação de manobras para a melhora da imagem do atual governo. 

No entanto, com a chegada de um ano eleitoral assuntos como privatizações e reformas podem se encerrar. Isto é, levando em consideração que são debates impopulares.

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Apesar do crescimento de 5% no setor econômico durante o ano passado, o Brasil já inicia 2022 com fora do ideal. Nesse sentido, houve a queda de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) durante o terceiro trimestre de 2021. 

Ademais, previsões econômicas do Boletim Focus na última semana, indicam um crescimento de somente 0,4% do PIB em 2022. A estimativa já chegou a ser maior do que 2%, mas vem apresentando sucessivas diminuições após revisões. 

Contudo, de acordo com o Ministério da Economia, é possível que o setor tenha um aumento de cerca de 2,1% este ano. Já o Banco Central reduziu a estimativa para 1%. 

Segundo especialistas, o ano continuará com dificuldades. Apesar do avanço da vacinação e a consequente baixa de casos da Covid-19, os efeitos sociais e econômicos da pandemia permanecem.

Nesse sentido, muitas atividades se viram em baixa, assim como o PIB brasileiro. Em 2020, inclusive, este valor apresentou queda de cerca de 4,8%, ou seja, o mais expressivo desde 1996. Além disso, em pesquisa da USP, este valor teria sido de duas a três vezes maior sem o Auxílio Emergencial de R$ 600 e R$ 1.200.

Assim, programas sociais, como o Auxílio Brasil, por exemplo, serão necessários para amenizar esta situação.

Auxílio Brasil e investimento serão importantes

As manobras do Governo Federal para conseguir a aprovação da PEC dos Precatórios trarão consequências para 2022, de acordo com os especialistas. 

Isto é, visto que a Proposta de Emenda Constitucional possibilitou a liberação de um espaço fiscal no Orçamento deste ano de mais de R$ 108 bilhões. Esta quantia se direcionou, em parte, para o Auxílio Brasil, mas poderá ter efeitos negativos.

“O aumento da incerteza fiscal implica em um risco-país mais alto, maior depreciação do real, piores perspectivas para a inflação e, em última instância, uma taxa de juros neutra mais alta”, detalhou o Banco Itaú em relatório aos seus clientes. 

A aprovação da proposta, então, possibilitou que o Governo Federal ampliasse o valor mínimo das parcelas do benefício para R$ 400, como prometido pelo presidente. Em conjunto, o Ministério da Cidadania espera conseguir que o Auxílio Brasil chegue a cerca de 17 milhões de famílias brasileiras. 

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Para especialistas do setor econômico e social, o governo acertou na criação do benefício. No entanto, se equivocou na forma de financiá-lo.

“Seria importante que se buscasse cortar outras despesas, isenções, incentivos e mesmo os gastos de custeio. Infelizmente, não foi a alternativa que o governo e o Congresso preferiram. Estamos vendo uma PEC, duas emendas na verdade, que revolucionou a questão do teto, levando a perda da credibilidade na política fiscal e que não contempla um centavo sequer de ajuste fiscal”, pontuou Felipe Salto, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI).

Ainda assim, apesar da instabilidade e da imprevisibilidade no mercado financeiro, o governo aposta em medidas como o Auxílio Brasil para amenizar esta questão.  

Além disso, nos próximos dias, a gestão também deverá anunciar uma nova linha de crédito para a pessoas com o nome negativado e microempreendedores. A proposta deverá usar recursos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). 

Já se tratando do setor privado, o ministro Paulo Guedes, anunciou no fim do mês de dezembro, que 2022 deve encerrar com um investimento de aproximadamente R$ 1,2 trilhão vindo de diversos pontos, como o leilão da rede 5G e mais outras medidas. 

“Você melhora o ambiente de negócios e os investimentos começam a aparecer de todos os lados. O Brasil se tornou uma enorme fronteira de investimentos”, declarou.

IOF triplica depois de aumento para financiar Auxílio Brasil

Com a elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito a empresas e pessoas físicas, a arrecadação do imposto triplicou. 

Assim, de acordo com a Receita Federal, o recolhimento do IOF durante o mês de novembro foi de R$ 4,9 bilhões. Isto é, representando um aumento de cerca de 322,65%. 

Desta quantia, cerca de R$ 1,2 bilhão é decorrente do efeito da alíquota. Este, então, por meio de decreto passou a valer de 21 de setembro a 31 de dezembro de 2021.  

Segundo o Ministério da Cidadania, o valor pagou parte da parcela de R$ 400 do benefício durante o mês de dezembro.  

É preciso lembrar, ainda, que o IOF é um imposto federal pago em todas as operações financeiras realizadas. Isto é, como transações de crédito, câmbio, seguro e empréstimos bancários.

Por exemplo, em compras com cartão de crédito no exterior e quando o consumidor entra no cheque especial, é cobrada esta tributação. Porém, nas compras parceladas sem juros não existe a cobrança do IOF.

Auxílio Brasil permanecerá em R$ 400

Para este ano de 2022, o Auxílio Brasil continuará com um valor mínimo de R$ 400. Isso significa, portanto, que qualquer beneficiário terá acesso a esta quantia, mesmo que, originalmente, fosse receber menos.

Além disso, ainda é possível que alguns recebem valores superiores a esta quota mínima, a depender dos benefícios complementares que receba. Portanto, o programa social será importante na distribuição de renda, o que, consequentemente, influencia na economia.

No entanto, os participantes devem se atentar, pois este valor mínimo apenas vai até o fim deste ano. Depois, em 2023, o benefício retorna aos seus valores de costume.

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