Atualidades: Como as mudanças climáticas afetarão severamente as futuras gerações?

Um novo estudo demonstrou que pessoas nascidas hoje passarão por muito mais ondas de calor extremas e outras catástrofes climáticas ao longo de suas vidas do que seus avós. 

Mesmo que isso não seja uma surpresa devido a situação que vivemos atualmente, o levantamento demonstra a extrema injustiça intergeracional, contrastando as experiências de diferentes grupos etários.

A pesquisa utilizou projeções de sofisticados programas de computador de modelagem climática com estatísticas detalhadas de população e expectativa de vida, assim como previsões de temperatura global do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.

Gerações futuras

O estudo demonstrou que crianças nascidas em 2020 sofrerão em média 30 ondas de ondas de calor extremas durante suas vidas, ou seja, sete vezes mais do que pessoas que nasceram na década de 60. 

As gerações futuras também terão três vezes mais quebras de safra e inundações de rios quando comparados com pessoas de 60 anos de idade hoje, e até mesmo o dobro de secas e incêndios florestais. 

Todavia, os resultados variaram significativamente, dependendo da região. Os 53 milhões de crianças nascidas no continente europeu e na Ásia Central entre 2016 e 2020 enfrentarão cerca de quatro vezes mais eventos extremos ao longo de suas vidas. 

Já os 172 milhões de crianças nascidas na África Subsaariana durante este período enfrentarão quase seis vezes mais eventos extremos. 

Os pesquisadores observaram que isso mostra a carga climática desproporcional para as gerações jovens no Sul Global. 

O professor Wim Thiery da Vrije Universiteit Brussel na Bélgica, que liderou a pesquisa, disse: “Nossos resultados destacam uma grave ameaça à segurança das gerações jovens e pedem reduções drásticas de emissões para proteger seu futuro”. 

Além disso, as gerações mais jovens também serão atingidas desproporcionalmente e terão o fardo de manter o aquecimento abaixo de 1,5 graus. 

Um estudo de 2019 no Carbon Brief demonstrou que as crianças de hoje terão que emitir oito vezes menos dióxido de carbono ao longo de suas vidas do que seus avós. 

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