ATA do COMEF e o comportamento dos preços dos ativos
Confira o que diz a ATA do COMEF sobre o comportamento dos preços dos ativos e outros pontos relevantes!
Principais pontos de atenção da ATA do COMEF – Banco Central do Brasil
Conforme a ATA do COMEF, disponibilizada pelo Banco Central, o apetite ao risco das IFs tem aumentado em algumas modalidades de crédito para famílias. Sendo assim, os volumes mensais das contratações no crédito imobiliário seguem em patamares elevados, estimulados pelo nível historicamente baixo das taxas de juros cobradas.
Sendo assim, nos financiamentos de veículos, principalmente de automóveis usados, tem-se observado alongamento dos prazos e elevação do percentual do valor do bem financiado pelos intermediários financeiros. O Comef avalia que é importante que os intermediários financeiros continuem preservando a qualidade das concessões.
O custo de manutenção de liquidez dá sinais de redução, enquanto os prazos de captação permanecem curtos. O perfil de captação do SFN, que se alterou em função da pandemia, continua com demanda por instrumentos que ofereçam liquidez imediata.
Custo do estoque de captações
Assim sendo, o custo do estoque de captações segue maior que a taxa de remuneração dos ativos líquidos, mas a diferença entre eles se reduziu. O Comef avalia que as IFs têm se adaptado para lidar com as mudanças mediante redefinições de estratégias de captação e de gestão de liquidez.
Já o aumento recente da inflação nas economias avançadas traz riscos de aperto nas condições monetárias globais, que poderia levar a reprecificação desordenada dos ativos, aumento da aversão ao risco e reversão dos fluxos de capital para economias emergentes. Sendo assim, questionamentos dos mercados a respeito de riscos inflacionários nas economias centrais podem tornar o ambiente desafiador para países emergentes. O Comef avalia que a exposição do SFN ao risco da taxa de câmbio é baixa e a dependência de funding externo é pequena.
Decisão de política macroprudencial
O Comef avalia que a política macroprudencial atual segue adequada, sem necessidade de ajustes no curto prazo. A neutralidade da política macroprudencial continua apropriada neste momento. Nesse sentido, prossegue o retorno da parcela do Adicional de Conservação de Capital Principal (ACP Conservação) iniciado em abril com conclusão prevista para março do próximo ano. Essa política é compatível com o ritmo de crescimento do crédito e com a expectativa de continuidade desse movimento. Não obstante, o dinamismo de diversas modalidades de crédito segue sendo monitorado de perto pelo BC.
Comportamento dos preços dos ativos
Dessa forma, as informações disponíveis indicam que os preços dos ativos continuam se comportando em linha com os fundamentos econômicos. O BC mantém o monitoramento do crescimento do crédito.
O Comef entende que a incerteza sobre a solvência de firmas e famílias se reduziu com a materialização recente de perdas apenas modestas. O Comef segue recomendando que as IFs mantenham prudência na política de gestão de capital. É importante que, ao longo de 2021 e 2022, as IFs destinem os lucros de forma conservadora e alinhada às incertezas presentes no atual momento econômico, conforme informações oficiais disponibilizadas pelo Banco Central.