Após mais de 300 mil mortes, Bolsonaro anuncia criação de comitê anti-Covid

Nesta quarta (24), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a criação de um comitê anti-Covid em parceria com o Congresso, após reunião no Palácio da Alvorada com ministros, governadores e chefes de poderes.

O objetivo do comitê é definir medidas de combate à pandemia de Covid-19, que em um ano já causou mais de 300 mil mortes no Brasil, de acordo com dados do levantamento de veículos de imprensa.

Segundo Bolsonaro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), será o responsável por levar as demandas dos governadores ao comitê.

“Resolvemos, entre outras coisas, que será criada uma coordenação junto aos governadores, com o senhor presidente do Senado Federal. Da nossa parte, um comitê que se reunirá toda semana com autoridades para decidirmos ou redirecionarmos o rumo do combate ao coronavírus”, afirmou o presidente em um breve pronunciamento após o encontro.

Ao contrário da habitual fala em defesa da economia, o presidente disse que defende “a vida em primeiro lugar”. No entanto, ele continua promovendo o uso do ‘kit Covid’ de ‘tratamento precoce’, que não tem eficácia comprovada contra Covid-19 e, segundo médicos, pode piorar o quadro de pacientes com tendência a desenvolver Covid-19 grave.

“Tratamos também de possibilidade de tratamento precoce. Isso fica a cargo do ministro da Saúde, que respeita o direito e o dever do médico tratar ‘off-label’ os infectados”, argumentou Bolsonaro.

Comitê anti-Covid só conta com aliados de Bolsonaro

Todos os governadores convidados para a reunião que definiu a criação do comitê anti-Covid são aliados do presidente Jair Bolsonaro. Participaram do encontro os governadores: Ronaldo Caiado (Goiás), Wilson Lima (Amazonas), Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Júnior (Paraná), Marcos Rocha (Rondônia), Renan Filho (Alagoas).

Em fala ao lado do presidente Bolsonaro, que é contra o isolamento social adotado em alguns estados para conter o avanço da pandemia de Covid-19, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), defendeu a medida.
“Pedir a todos que entendam que em situações delicadas e críticas muitas vezes se faz necessário o isolamento social”, disse o governador.

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também participou da reunião e ressaltou a importância da vacinação e do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A conclusão é o fortalecimento do SUS, articulado nos três níveis, União, estados e municípios, para prover à população brasileira, com agilidade, uma campanha de vacinação que possa atingir uma cobertura vacinal capaz de reduzir a circulação do vírus”, afirmou o ministro.

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