Mesmo com a crise hídrica, o governo federal ainda não unificou o discurso quando se trata do risco de um apagão e racionamento da energia elétrica. O vice-presidente Hamilton Mourão, chegou a mencionar o apagão e a possibilidade de um racionamento de energia, mas que o governo acompanha a situação. As informações são do Brasil Econômico.
“O que eu tenho acompanhado é que o governo tomou as medidas necessárias, criou uma comissão para acompanhar e tomar as decisões a tempo e a hora no sentido de impedir que ocorra isso aí que você [repórter] colocou, que haja apagão. Agora, pode ser que tenha que ocorrer algum racionamento”, declarou Mourão em coletiva nesta quarta.
Sem falar do apagão, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, deu uma entrevista à CNN Brasil e negou qualquer necessidade de racionamento: “risco zero”, teria dito ele na ocasião.
“Pelo contrário. Estamos tentando mostrar a gravidade da situação hídrica para que, de forma voluntária, os consumidores poupem energia. Assim, não vamos precisar importar, poderemos reduzir o uso da termelétricas e daremos mais flexibilidade ao operador do sistema”, explicou.
Apagão e crise hídrica
Mas há de fato risco de apagão? Em 2011, por exemplo, o governo chegou a programar o desligamento da energia em alguns horários, para evitar um colapso na energia. A situação ficou conhecida como “crise do apagão”. Se isso irá se repetir ainda não se sabe, os próximos meses devem responder o que será feito.
“As condições acompanhadas pelo Ministério de Minas e Energia e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico mostram uma piora nos riscos por conta dessa crise hídrica, então a situação está condicionada ao que vai acontecer daqui até novembro, que é quando os reservatórios começam a ter um aporte”, contou, ao Diário do Nordeste, o coordenador de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e diretor técnico da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Joaquim Rolim.
Uma medida já anunciada na tentativa de minimizar a crise hídrica é a criação de uma nova taxa extra, chamada de “bandeira de escassez hídrica”. A cobrança é 50% maior em relação a anterior e deve ser estabelecida de 1º de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022.
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