Anvisa aprova produto à base de células modificadas geneticamente para tratamento do câncer - Notícias Concursos

Anvisa aprova produto à base de células modificadas geneticamente para tratamento do câncer

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprova 3º produto de terapia avançada para tratamento do câncer. Saiba mais!

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro sanitário de mais um produto de terapia gênica baseada em Células T modificadas para expressarem Receptores Quiméricos de Antígenos (CAR), o denominado Yescarta® (axicabtagene ciloleucel). 

Anvisa aprova produto à base de células modificadas geneticamente para tratamento do câncer

De acordo com recente divulgação oficial, o produto, da empresa Gilead?Sciences Farmacêutica do Brasil, é destinado ao tratamento de pacientes adultos com Linfoma de Grandes Células B (LDGCB), recidivado ou refratário, após duas ou mais linhas de terapia sistêmica.  

Os linfomas são neoplasias do sistema linfático que podem acometer os gânglios, baço, fígado, medula óssea e outros órgãos. Existem mais de 50 tipos descritos de linfomas, sendo o Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB) o tipo de linfoma mais comum. O segundo tipo mais comum é o Linfoma Folicular.  

Como funciona o Yescarta® 

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a terapia com células geneticamente modificadas, as CAR-T Cells, tem demonstrado perfil de segurança e eficácia no tratamento de pacientes em recidiva e refratariedade para linfomas graves. O produto aprovado é composto por células T autólogas com receptor de antígeno quimérico (CAR), projetadas para eliminar células tumorais que expressam CD19.  

Avaliação da Anvisa 

Segundo informações especiais, o medicamento especial, produzido à base de células modificadas do tipo CAR-T, é uma abordagem tecnológica inovadora, que requer desenvolvimento e monitoramento complexos. As análises de registro sanitário do Yescarta® foram realizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com base em informações regulatórias e científicas enviadas pela empresa, destacando dados sobre: 

  • Perfil de segurança e prova de conceito (dados de experimentos pré-clínicos); 
  • Perfil de segurança e de eficácia (dados de estudos clínicos realizados); 
  • Processo de obtenção do material de partida (células T do paciente) por metodologia padronizada de coleta e criopreservação; 
  • Produção em larga escala com requisitos de qualidade e boas práticas de fabricação; 
  • Estudos de estabilidade e mecanismos de distribuição do produto no Brasil, bem como processos controlados de exportação de material de partida e importação do produto pronto para uso; 
  • Estratégias para orientações e precauções de cuidados especiais ao paciente;
  • Mecanismos de monitoramento e gerenciamento de riscos após a administração do produto aos pacientes no Brasil e demais requisitos aplicáveis de farmacovigilância. 
Fabricação

O processo de fabricação dos componentes ativos (vetores virais utilizados no processo de modificação genética das células) e do produto final receberam a Certificação de Boas Práticas de Fabricação (CBPF), mediante inspeções in loco, por técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nos Estados Unidos e na Holanda. Concluiu-se que o processo de fabricação demonstra ter qualidade consistente e controlada, de acordo com a divulgação oficial.

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