Ansiedade: Escola usa meditação para ajudar crianças na pandemia

Com a necessidade de isolamento social, diversas crianças desenvolveram ansiedade, dificuldade de concentração, ausência e excesso de sono ou apetite. Pode parecer curioso, mas uma escola infantil curitibana aposta na meditação para ajudar os pequenos. 

Esses são alguns dos muitos sintomas que as crianças desenvolveram por conta do distanciamento social e o estresse causado por conta da pandemia da covid-19. 

Dessa maneira, cresce o movimento de pais, responsáveis e instituições de ensino que se utilizam da meditação na busca do conforto emocional para crianças. 

Por isso a escola de Curitiba Interpares que atende crianças na faixa etária de 0 a 6 anos e aposta em duas técnicas de meditação; são elas: 

  • O Mindfulness que foca no exercício de concentração no momento presente. 
  • E a Educação Emocional, para gerenciar as emoções dos alunos. 

Day Campos, diretora da escola, afirma: “São inúmeros os casos de crianças afetadas emocionalmente pela pandemia. O medo de morrer ou da morte de um ente querido, o abre e fecha das escolas, o uso de máscaras, o distanciamento, tudo isso afetou”. 

Na escola curitibana as aulas de meditação acontecem por demanda e são divididas por faixa etária e segundo a professora Amanda Lieuthier, explica: “Começamos a aula com cada criança contando como está se sentindo e então fazemos uma pequena meditação. Logo partimos para uma ação de atenção plena e depois uma conversa ou atividade sobre emoções. Terminamos com alguma brincadeira que nos leve a ter atenção, como por exemplo, estátua”.

Aplicação da meditação em crianças

Em síntese, os alunos começam aprendendo a reconhecer as emoções, percebendo o momento que elas aparecem e como reagir a elas. 

A aluna Melissa Suzuki, de 7 anos, tem ansiedade e impulsividade e por isso a mãe decidiu colocá-la na meditação para aprender sobre o autocontrole. 

A mãe, Caroline Brand, detalha: “A principal diferença é que, por meio da respiração, a Melissa conseguiu controlar a ansiedade. Hoje ela consegue se segurar diante de uma emoção repentina ou intensa. Ela anda mais concentrada também, antes não ficava nem cinco minutos focada e a meditação trabalha muito isso”. 

Ademais, Caroline também diz que a filha aprendeu a ter calma, a verbalizar as emoções, assim como desenvolveu estratégias para gerir os impulsos. 

Por isso, a mãe afirma: “Outro ponto é que a Mel comia por impulso, de forma compulsiva, dizia que só tinha vontade, não que fosse fome. A meditação trouxe para ela um momento de reflexão antes de ceder ao impulso e eu só vi ganhos”. 

A saber, durante a aula as crianças costumam ficar cerca de 2 a 3 minutos de meditação em si. Ou seja, em silêncio e de olhos fechados, já que muitas crianças possuem dificuldade de ficarem paradas sem distrações. 

Por fim, a professora de meditação afirma: “As crianças têm um estado natural de movimento, então explicamos o por que de ficarem esse tempo paradas e respeitamos o tempo de cada uma. A meditação traz benefícios independentemente da idade e as emoções afloradas pela pandemia conseguem ser controladas com a prática”. 

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