ANATEL toma atitude drástica e está bloqueando sinal clandestino de cabos submarinos
No início deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou uma ofensiva contra os IPTVs ilegais, conhecidos popularmente como “gatonets”. Estes dispositivos piratas têm possibilitado aos usuários o acesso ilegal a conteúdos audiovisuais.
Recentemente, durante o evento Set Expo, o vice-presidente da Anatel, Moisés Moreira, compartilhou informações cruciais sobre os resultados das ações empreendidas contra a pirataria, incluindo medidas como o bloqueio de sinais clandestinos até mesmo nos cabos submarinos.
Ações determinadas da Anatel
Moisés Moreira anunciou que a Anatel estabeleceu colaborações com 184 empresas a fim de combater os sinais clandestinos. Desse modo, essa rede inclui desde empresas que mantêm relação direta com o cliente final, tais como Claro, Oi e Vivo, até as responsáveis pela infraestrutura dos cabos submarinos de conexão internacional.
Em outras palavras, a agência está combatendo a pirataria tanto na esfera do consumidor quanto no âmbito da transmissão em si. Moreira também destacou que impressionantes 80% dos usuários de banda larga fixa no Brasil são clientes das empresas parceiras inseridas no plano de ação anti-pirataria.
Além disso, ele compartilhou que a Receita Federal já confiscou 1,44 milhão de dispositivos de TV clandestinos destinados ao mercado nacional, o que totaliza um prejuízo de incríveis R$ 400,8 milhões.
Entendendo o funcionamento do bloqueio
Os dispositivos ilegais que permitem o acesso gratuito a canais de TV a cabo ou serviços de streaming são os principais alvos dessa operação. Concisamente, a maneira como essa pirataria opera é por meio da interceptação dos sinais de TV a cabo ou streaming no Brasil, que são então redirecionados para servidores internacionais.
Posteriormente, os aparelhos vendidos no mercado nacional se conectam a esses servidores no exterior, permitindo a liberação dos conteúdos. Dessa forma, ao bloquear até mesmo os sinais clandestinos que trafegam pelos cabos submarinos, a Anatel está garantindo que esse serviço ilegal não continue ingressando no país. Certamente, isso demonstra o compromisso da agência em enfrentar a pirataria em todas as suas formas.
Medidas anteriores contra a pirataria
Em fevereiro deste ano, a Anatel lançou uma iniciativa para bloquear de forma remota as “caixinhas” de TV ilegais por meio de endereços IP. De acordo com informações divulgadas pelo vice-presidente da agência, até o momento, 743 IPs foram derrubados como parte dessa ação.
Além disso, já no início deste ano, a Anatel se associou à Agência Nacional do Cinema (Ancine) para criar um laboratório especializado na interceptação de conteúdos retransmitidos ao vivo. Previsto para ser concluído até novembro, esse laboratório ilustra o empenho contínuo da Anatel em proteger os direitos autorais e coibir atividades piratas.
Em suma, a Anatel está demonstrando uma postura resiliente na luta contra a pirataria. Desde o bloqueio remoto de dispositivos ilegais até a interceptação de sinais clandestinos em cabos submarinos, a agência está adotando uma abordagem abrangente para conter essa ameaça crescente aos direitos autorais e à indústria do entretenimento.
Preservação dos direitos autorais e incentivo à criatividade
Um dos pilares da indústria do entretenimento é a proteção dos direitos autorais. Artistas, produtores e criadores investem tempo e recursos significativos para desenvolver conteúdos que entretenham e eduquem o público.
Desse modo, a pirataria compromete diretamente esses esforços, minando a capacidade dos criadores de obter retornos justos pelo seu trabalho. O combate à pirataria, liderado pela Anatel, é crucial para garantir que a criatividade continue a prosperar, uma vez que a devida compensação pelo trabalho incentiva a inovação contínua.
Estímulo ao investimento e à inovação tecnológica
A luta contra a pirataria também é vital para promover o investimento na indústria das telecomunicações e estimular a inovação tecnológica. As empresas de telecomunicações investem bilhões de reais na expansão de redes, desenvolvimento de infraestrutura e pesquisa de tecnologias avançadas.
No entanto, a pirataria ameaça esses investimentos. Pois a receita é reduzida pela presença de dispositivos ilegais que aproveitam os serviços sem pagar pelo acesso legítimo.