De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (09/06), a inflação obteve uma alta de 0.47% em maio deste ano. Felizmente, inferior ao mês de abril, que totalizou uma alta de 1.06%.
Ademais, o acumulado do ano de 2022 é de 4.78%. Nos últimos 12 meses, a inflação beirou os 11.73%. O setor de vestuário foi o que apresentou a maior alta, de 2.11%. No entanto, a esfera relativa aos transportes também impactou bastante a economia como um todo, com uma alta de 1.34%.
O preço das passagens aéreas subiu incríveis 18.33%, sendo considerado um dos grandes vilões inflacionários. Dessa maneira, elas já apresentaram um aumento relevante em abril, com um índice de 9.48%. A alta dos preços nos últimos 12 meses foi de 88.65%. O setor aéreo foi um dos grandes catalisadores para o aumento da inflação em maio.
Uma das razões para este crescimento substancial, é o fato do querosene, utilizado nos aviões, ter sofrido uma valorização de preço significativa. Aliás, o aumento da demanda por passagens aéreas, em virtude de uma atenuação do lockdown, causado pela pandemia, também influenciou no aumento do valor dos bilhetes.
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Produtos farmacêuticos
O setor farmacêutico também influenciou a inflação do mês de maio, com sérias repercussões no índice de preços. Todavia, houve uma alta de 2.51% no mês causada por uma adequação dos valores dos remédios, autorizada pelo governo federal, que aumentou em 10.89% os seus valores.
Em suma, como essa adaptação dos preços dos remédios foi promulgada em abril, os varejistas ainda estão aplicando o reajuste de forma gradativa, influenciando a inflação tanto no mês de abril, como no de maio. Por essa razão, seu peso no índice total inflacionário do mês passado foi bastante impactante.
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Produtos mais baratos
Alguns produtos ajudaram a conter a inflação do mês de maio. Os alimentos, que antes eram considerados vilões, tiveram um índice abaixo do esperado. De acordo com o IPCA, o setor de alimentos e bebidas teve um aumento de 0.48%. Houve uma retração nos preços, se comparado com a inflação de abril, que foi de 2.06%.
Um dos aspectos a se considerar, foi o fato de que houve um pequeno reajuste nos preços dos alimentos relacionados à alimentação à domicílio, que foi de 2.59% em abril e passou a 0.43% em maio. Já o preço da refeição fora de casa apresentou estabilidade.
Os alimentos que tiveram uma queda de preço a se destacar foram o tomate, -23.52%, cenoura, -24.07% e a batata inglesa, 3.94%. Vale ressaltar que nos últimos 12 meses, estes produtos apresentaram um aumento considerável, o preço da cenoura, inclusive, aumentou mais do que 100%.
No entanto, alguns alimentos tradicionais da cozinha brasileira continuaram a ter uma influência negativa na inflação. A cebola, por exemplo, subiu 21.36% e o leite longa vida, apresentou uma variação de 4.65%.
Setor de serviços
Como falado anteriormente, as passagens aéreas tiveram um aumento significativo nos últimos meses. Elas foram uma grande catalisadora do aumento dos índices inflacionários do setor de serviços.
Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 8.01% no setor. Serviços de TV por assinatura, internet, barbeiro, cabeleireiro, entre outros, também pressionaram a inflação no período.
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Meta da inflação
O fato é que a inflação vem apresentando níveis consideráveis nos últimos dois anos. De acordo com o Banco Central, a meta de 2022 é de uma variação de 3.5%. No entanto, o mercado espera que a inflação bata os 8.89% neste ano.
No intuito de conter o aumento dos preços, o BC pretende aumentar ainda mais a taxa de juros que já está no patamar de 12.75%. Essa estratégia pode conter o aumento nos preços , mas é possível que tenha impacto no PIB.
A meta do governo para a inflação do próximo ano é de 3.25%. Estima-se que se a variação inflacionária for de 1.75% a 4.75%, ela estará de acordo com os objetivos do Banco Central. Espera-se que a taxa de juros de 2023 chegue a 9.75%.