AGORA! Aposentados ficam eufóricos e comemoram nova liberação do INSS
Ministro da Previdência disse que bancos estão praticando taxas de juros abaixo dos 1,97% ao mês no consignado
Depois que o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) definir que o novo teto da taxa de juros será de 1,97% ao mês, bancos e instituições financeiras estão definindo as suas novas marcas. Segundo o Ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) todos os bancos estão praticando novas taxas abaixo do que se poderia esperar, atitude essa que fizeram os aposentados comemorarem.
A decisão do CNPS de definir o novo teto da taxa de juros em 1,97% ao mês é apenas uma lei geral que precisa ser seguida pelos bancos. A partir desta norma, cada instituição financeira decide qual patamar vai usar. Segundo Lupi, nenhum banco está usando o teto, mas valores notadamente mais baixos de juros.
“Já já vou mostrar as taxas para vocês e te garanto que elas estão ficando bem abaixo do que foi limitado como teto. Eu acho que só discutir esse assunto já levou luz. Quando você ilumina um caminho, você enxerga melhor”, afirmou o Ministro em conversa com jornalistas ainda nesta quarta-feira (12).
“Nós temos um acompanhamento através dos dados que o próprio Banco Central tem quase que diário. Como a gente fixou a taxa de 1,97% como taxa máxima, e era 2,14%, isso já significou uma queda. Não como eu gostaria, mas uma queda”, seguiu ele.
“E a gente está verificando que todas as taxas praticadas estão ficando abaixo de 1,97%, o que também é positivo. Tem muita gordura para queimar nesse processo aí”, completou o Ministro na conversa. Ele não chegou a citar quais seriam os bancos que estavam operando o consignado com patamares de juros mais baixos.
Vale lembrar que esta modalidade de crédito já atua com uma taxa de juros mais baixa do que a média do mercado. Este movimento acontece porque os bancos entendem que há um baixo risco de não pagamento do empréstimo. Afinal de contas, no sistema do consignado, a quitação acontece a partir de descontos diretos na folha da aposentadoria do INSS.
A novela da taxa de juros
Toda a confusão envolvendo a taxa de juros do consignado começou no início de março. Na ocasião, o Ministro Carlos Lupi decidiu colocar em pauta a redução da taxa de juros do crédito. Em uma reunião do CNPS, ficou acertado que o patamar cairia de 2,14% para 1,70% ao mês.
A decisão, aliás, chegou a ser publicada oficialmente no Diário Oficial da União (DOU). Contudo, bancos privados como Bradesco, Itaú e Santander decidiriam se retirar da linha alegando que a nova taxa máxima de 1,70% ao mês seria impraticável.
O movimento de retirada foi seguido por instituições públicas como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Diante da pressão por parte do setor financeiro, o Governo Federal se viu na obrigação de dar uma resposta.
Em uma nova reunião do CNPS, ficou acertado que o teto da taxa de juros subiria de 1,70% para 1,97% ao mês. Com a nova decisão, todos os bancos públicos e privados decidiram retomar o oferecimento da linha.
O consignado
O consignado é uma espécie de empréstimo voltado para as pessoas que fazem parte do INSS. A ideia é que o cidadão solicite o saldo e tenha que quitar a dívida na forma de descontos mensais nas parcelas de um determinado benefício.
Deste modo, o cidadão que solicita o consignado passa a receber uma aposentadoria até 45% menor por mês até que consiga quitar a dívida por completo. Como dito, é preciso considerar a taxa de juros de até 1,97% ao mês.
Vale sempre lembrar que nenhum segurado do INSS é obrigado a solicitar o consignado. Analistas indicam que cada cidadão precisa fazer as contas antes de solicitar o dinheiro em questão.
Além disso, também é preciso tomar cuidado com os golpes que costumam acontecer com este público. Caso o cidadão decida solicitar o saldo, é preciso informar dados pessoais apenas por canais oficiais de cada instituição.