O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (18) parte do relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre de 2021. Segundo o relatório, 99% das transações por PIX foram liquidadas em até 0,6 segundo. De acordo com o BC, o sistema tem se mantido presente em 99% dos pagamentos de varejo realizados no Brasil.
O relatório detalha o crescimento exponencial desde o primeiro semestre de 2021. Confira a seguir os números das operações por PIX:
Janeiro |
170 milhões de transações |
R$ 238 bilhões |
Fevereiro |
229 milhões de transações |
R$ 170 bilhões |
Março |
328 milhões de transações |
R$ 238 bilhões |
Abril |
411 milhões de transações |
R$ 274 bilhões |
Maio |
543 milhões de transações |
R$ 327 bilhões |
Junho |
626 milhões de transações |
R$ 361 bilhões |
Segundo o BC, o PIX “vem crescendo como instrumento de pagamento imediato, seguro e conveniente”, além de ressaltar que não há menção a fraudes no relatório nem de outras ocorrências, limitando-se a análise ao funcionamento e dados consolidados de movimentações no sistema.
Movimentações de DOC e TED
Foi identificado pela Fiquem Sabendo, uma agência de dados independente especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI), que o volume total de operações com o Pix até junho do ano de 2021 é quase três vezes o de operações com TED e DOC, somadas. Foram 99 milhões de operações com TED e 743 milhões com DOC.
Além disso, o PIX supera em valores movimentados, com R$ 1,6 trilhão ultrapassa os R$ 4,7 bilhões do TED e os R$ 70,4 milhões movimentados pelo DOC. Os estados que adquiriram um maior montante foram São Paulo, Minas Gerais e Paraná, movimentando em oito meses respectivamente R$ 499 bilhões, R$ 157 bilhões e R$ 139 bilhões.
Além disso, na cidade de São Paulo em novembro do ano passado foram realizadas mais de 3 milhões de operações, com montante de R$ 3,2 bilhões. Esse número saltou para 82,3 milhões de operações, com valor total de R$ 43,1 bilhões, em junho deste ano. Sendo a capital a cidade que mais aderiu às transferências via PIX.
Alterações no PIX
Com o intuito de prevenir crimes que poderiam ocorrer nas transferências instantâneas, o Banco Central vem aplicando novas regras. Dentre elas temos:
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A limitação de transferências do período noturno, sendo das 20hrs e às 6hrs valor igual ou inferior a R$ 1 mil;
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Alteração de limite que deixará de ser instantânea em todos os meios de pagamento instantâneo;
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O prazo máximo para alteração do limite será de 40h e no mínimo de 24h – isso se a solicitação for realizada por canal digital;
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As transferências Pix poderão ter limites menores definidos pelos titulares e, com isso, cadastro de contas que poderão receber acima do limite poderão ser indicadas pelo titular.
Todavia, os comércios não devem ser tão impactados com as novas medidas do PIX. Segundo o BC, “O limite de R$ 1.000 se aplica para pagamentos de um mesmo arranjo de pagamento entre pessoas físicas no período noturno, ou seja, em que pagador e recebedor sejam PFs [pessoas físicas], assim, não há que se falar em esfriar o comércio, pois tal limite não se aplica aos pagamentos a empresas”.