Dor e riscos de complicações estão entres as principais preocupações das grávidas, no que se refere a hora do parto, entretanto, este medo pode ser acentuado em casos de Tocofobia, condição que gera um descontrole emocional intenso associado a outros transtornos emocionais.
A tocofobia está presente em aproximadamente 14% das gestantes de todo o mundo, de acordo com estudo realizado por pesquisadores irlandeses.
Ainda segundo a pesquisa, cerca de 25% das mulheres grávidas sofrem de algum grau de tocofobia, entre as quais 10% apresentam a condição na forma mais grave.
A condição ainda pode ser definida em dois tipos: a primária e secundária, inclusive, ser ocasionada de forma multifatorial ou decorrente de fatos isolados de natureza psicológica, social ou espiritual.
- Tocofobia primária: Ocorre em mulheres sem histórico de gestação e pode se manifestar, antes mesmo da gravidez ocorrer.
- Tocofobia secundária: Mais frequente do que a primária, geralmente acontece após uma experiência traumática de parto.
Sintomas e consequências da Tocofobia
O que difere a tocofobia de uma preocupação considerada normal da hora do parto é a intensidade das sensações.
Para mulheres que sofrem de tocofobia os sintomas de ansiedade, estresses, pensamentos negativos, perturbações, crises de pânico, insônia e oscilações de humor acabam sendo extremamente intensos.
Além disso, há até sintomas físicos como vômitos excessivos só de falar no assunto.
Quando não abordada de forma adequada, a tocofobia pode desencadear quadros de depressão, inclusive, vem aumentando a demanda por parto cirúrgico eletivo, mesmo em mulheres com condições propicias ao procedimento natural.
O que fazer?
Para evitar o agravamento da tocofobia e suas consequências, que também estão associadas à prematuridade, o tratamento da condição deve ser iniciado imediatamente, assim que a gestante apresentar os primeiros sinais de alerta, que excedem a preocupação normal.
Grupos de apoio a gestante e atendimentos individualizados de educação pré-natal são ferramentas estratégicas na hora de amenizar os efeitos da Tocofobia.
Também é importante buscar auxílio psicológico durante este momento, a fim de que a gestante consiga identificar os gatilhos que levam ao estado angustiante.
Outras praticas integrativas também podem ajudar muito neste processo de aceitação ao parto, entre eles, especialistas costumas indicar sessões de meditação e técnicas de relaxamento com a respiração.
O mais importante, é que a gestante receba todo o apoio do parceiro e familiares, que devem reconhecer a condição como uma doença e não preterir os seus sintomas, visto que a Tocofobia é classificada no CID 10 como um transtorno fóbico-ansioso não especificado.
Outras fobias comuns em gestantes
Além da tocofobia, outras fobias acabam sendo comum neste período gestacional, devido as alterações de hormônios e logo, na expectativa da chegada de um bebê na vida do casal.
Essas perturbações de ansiedade geralmente estão relacionadas à saúde maternal ou fetal, entretanto, podem ser apresentadas de forma generalizada, afetando diversos âmbitos da vida da mulher.
As mais comuns são: ansiedade social, perturbação Obsessivo-Compulsiva e fobia focada na criança (medo exagerado no que toque à saúde da criança). Todas essas condições devem receber atenção psicológica, visto que podem colocar em risco á saúde mental da mãe e até da integridade do bebê.
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