O aumento na demanda por eletricidade é motivo de inquietação para diversas famílias no Brasil, especialmente aquelas de menor renda. Alguns dispositivos residenciais podem ocasionar um considerável acréscimo na conta de luz das habitações, principalmente quando utilizados em horários específicos.
Além das preocupações financeiras dos consumidores, é imperativo levar em conta o efeito no ecossistema face ao aumento da utilização de energia elétrica. Cada vez mais, a conscientização acerca da importância de reduzir os gastos na conta de luz por meio do estímulo à eficiência energética e ao emprego de fontes limpas e renováveis se faz necessária.
Causadores do desequilíbrio na conta de luz
Diversos eletrodomésticos se configuram como os principais responsáveis pelo desequilíbrio econômico em muitas residências brasileiras. Em períodos de intenso calor, por exemplo, a utilização do ar-condicionado figura como um dos principais impulsionadores do aumento nos boletos de eletricidade.
Entretanto, é equivocado pensar que, caso não haja esse aparelho em sua moradia, haverá maior economia. Isso ocorre porque vários outros dispositivos eletrônicos utilizados cotidianamente também demandam muito gasto e contribuem para o aumento no valor pago mensalmente. Além do ar-condicionado, podemos citar:
- Geladeira;
- Aquecedor elétrico;
- Televisão;
- Videogame;
- Forno micro-ondas;
- Fogão elétrico;
- Carregador de celular;
- E muitos outros.
Com o aumento do teletrabalho, muitas famílias economizaram em combustível, mas se viram com uma conta de eletricidade mais elevada. Algumas empresas até fornecem um auxílio de custo para amenizar esse impacto.
Tendo em mente o meio ambiente e a economia, é essencial redobrar a atenção aos excessos de consumo. Todos os dispositivos eletrônicos devem ser utilizados com moderação e, quando possível, substituídos por alternativas mais econômicas.
Tocantins ainda tem mais de 160 mil pessoas com direito à Tarifa Social de Energia sem solicitação
No estado do Tocantins, 116.851 famílias que se enquadram nos critérios da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) ainda não realizaram a solicitação do benefício. Esse programa é destinado a pessoas de baixa renda, e atualmente, 167.555 famílias já usufruem dos descontos na conta de energia.
A Energisa, concessionária responsável pelo serviço no estado, informa que têm direito ao abatimento as famílias que apresentem os determinados requisitos:
- Renda mensal igual ou inferior a meio salário-mínimo por pessoa;
- Que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal;
- Que mantenham suas informações atualizadas nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) do município onde residem.
Além disso, outras famílias também podem se beneficiar do programa:
- Famílias que possuem membros que necessitam do uso contínuo de aparelhos elétricos para tratamento de doenças, desde que a renda mensal seja de até três salários-mínimos;
- Indígenas, quilombolas e aquelas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Para facilitar o processo, se a família estiver com o cadastro atualizado, o benefício é automaticamente incluído na fatura. Contudo, a concessionária alerta que aqueles que preencham os requisitos para a tarifa social, mas não tiveram o desconto aplicado, podem entrar em contato com a Energisa e solicitar o benefício.
Os descontos da tarifa social variam de acordo com o consumo de energia elétrica do imóvel, sendo os seguintes percentuais:
- Para o consumo de até 30 kWh mensais, o desconto é de 65%;
- De 31 kWh a 100 kWh, o desconto é de 40%;
- De 101 kWh a 220 kWh, o desconto é de 10%;
- A partir de 221 kWh, o cliente não recebe nenhum desconto
Para os clientes quilombolas e indígenas, o cálculo dos descontos é diferente:
- Até 50 kWh mensais, o desconto é de 100%;
- De 51 kWh a 100 kWh, o desconto é de 40;
- De 101 kWh a 220 kWh, o desconto é de 10%;
- A partir de 221 kWh, não há desconto.