O valor da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em abril. Após recuar na maioria dos locais em fevereiro e março, os preços dos itens básicos voltaram a ficar mais caros no país.
Em resumo, o valor da cesta básica caiu em apenas três locais, aliviando um pouco o bolso dos consumidores destes locais. A propósito, os recuos foram pequenos, ou seja, nem todas as pessoas devem ter percebido o recuo dos preços nestas capitais.
Confira as três capitais cujos preços caíram em abril:
- Natal: -1,48%;
- Salvador: -0,91%;
- Belém: -0,57%.
Por outro lado, o valor da cesta básica subiu em 14 capitais pesquisadas no mês passado, com destaque para o Sul, cujos estados tiveram as maiores altas do país:
- Porto Alegre: 5,02%;
- Florianópolis: 3,65%;
- Goiânia: 3,53%;
- Brasília: 3,43%;
- Fortaleza: 3,38%;
- Campo Grande: 2,58%;
- Belo Horizonte: 2,20%;
- Curitiba: 2,10%;
- Rio de Janeiro: 2,06%;
- São Paulo: 1,59%;
- Aracaju: 1,42%;
- João Pessoa: 1,01%;
- Vitória: 0,68%;
- Recife: 0,61%.
Com o acréscimo destas variações nos preços, as capitais que tiveram as maiores mudanças em suas posições foram Vitória e Belém, que caíram duas colocações no ranking nacional. Contudo, a cesta básica mais cara do país permaneceu na mesma posição, algo que vem se repetindo nos últimos meses.
Cesta básica de São Paulo é a mais cara do país
De acordo com o levantamento do Dieese, a cesta básica de São Paulo foi a mais cara do país em abril. Nos últimos meses de 2022, a capital perdeu espaço para Porto Alegre, que chegou a ter a cesta mais cara do país, mas por pouco tempo.
No mês passado, os valores destas cestas voltaram a ficar bem próximos, uma vez que Porto Alegre teve o maior aumento do país. Caso os dados do próximo levantamento sejam semelhantes aos de abril, a capital gaúcha poderá voltar a ter a cesta básica mais cara do país.
De todo modo, São Paulo ainda está na liderança nacional, e quem reside na capital paulista precisa pagar mais caro do que em outros locais do país para adquirir alimentos básicos.
Em síntese, a população paulistana precisou gastar R$ 794,68 para comprar uma cesta básica em abril. Já a segunda cesta mais cara do país foi a do Porto Alegre, que custou R$ 783,55 no mês passado, valor 1,4% menor que a de São Paulo. Em março, a diferença era de 4,6%.
No acumulado dos últimos 12 meses até abril, a cesta de São Paulo ficou 1,16% mais barata no país, enquanto a de Porto Alegre ficou 0,34% mais cara. Ambos os resultados foram tímidos, visto que a maior queda em 12 meses foi registrada em Curitiba (-6,12%), enquanto a maior alta foi observada em Belém (8,27%).
Seis de 13 produtos ficam mais caros em São Paulo
O Dieese revelou que seis dos 13 produtos pesquisados ficaram mais caros em São Paulo no mês passado. Veja abaixo quais tiveram alta em seus valores:
- Tomate: 19,28%;
- Leite Integral: 4,87%;
- Feijão carioquinha: 4,66%;
- Arroz agulhinha: 2,09%;
- Café em pó: 1,01%;
- Farinha de trigo: 0,29%.
Em suma, o feijão se destacou em abril, assim como no mês anterior, com o seu preço subindo em todos os locais. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo, ficou mais caro em todos os locais, as altas oscilando entre 2,23%, em Belém, e 7,96%, em Campo Grande.
No acumulado de 12 meses, todos os locais registraram aumento no preço do feijão, com destaque para o Recife, onde o item ficou 40,58% mais caro.
O Dieese explicou que o principal motivo para a alta nos preços do feijão carioquinha foi a redução da oferta de grão de melhor qualidade. Cabe salientar, que isso aconteceu em um cenário em que os valores do grão já estão bastante elevados no país.
Preços de sete produtos caem em abril
Por outro lado, sete produtos pesquisados pelo Dieese ficaram mais baratos em São Paulo no mês passado. Embora a maioria dos itens tenha registrado queda nos preços, isso não foi suficiente para evitar a alta de 1,59% no valor da cesta básica da cidade de São Paulo em relação a março.
Confira os produtos cujos preços caíram em abril:
- Óleo de Soja: -4,02%;
- Banana: -2,34%;
- Açúcar refinado: -1,47%;
- Pão francês: -1,16%;
- Carne bovina de primeira: -1,11%;
- Manteiga: -0,88%;
- Batata: -0,59%.
Em abril, houve um equilíbrio das variações dos preços dos itens pesquisados, com pouco mais da metade dos alimentos apresentando alta em seus preços, enquanto os demais tiveram redução nos valores.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, oito dos 13 produtos pesquisados ficaram mais caros no período. As únicas exceções foram tomate (-21,74%), óleo de soja (-20,41%), batata (-15,84%), carne bovina de primeira (-8,38%) e açúcar refinado (-5,62%).
Em contrapartida, os demais itens apresentaram aumento dos seus preços no período: farinha de trigo (+24,15%), banana (+23,81%), leite integral (+18,80%), feijão carioquinha (+15,81%), manteiga (+15,52%), pão francês (+9,76%), arroz agulhinha (+9,73%) e café em pó (+3,54%).