Nesta semana, o Ministério do Trabalho e Previdência informou que o Brasil criou 190,4 mil empregos formais em setembro deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.
Na comparação com o mesmo mês de 2022, o saldo de empregos formais gerados no país foi 18,8% maior. Isso porque, em outubro do ano passado, o país criou 160,3 mil postos de trabalho, número bem menor que o de outubro deste ano.
De todo modo, todas as 27 unidades federativas (UFs) fecharam o mês com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados, impulsionando o resultado nacional.
Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 36,5% dos empregos formais criados no país em outubro de 2023. O resultado foi bem mais expressivo que o de setembro, quando o estado respondeu por apenas 22,3% das vagas criadas no país.
Seja como for, São Paulo ocupa a primeira posição em praticamente todos os meses do ano, visto que é o estado com a maior concentração populacional do país, além de ser a maior economia estadual brasileira.
Confira abaixo os três estados que registraram a maior quantidade de vagas de trabalho criadas em setembro:
Em suma, os três estados responderam por 54,2% do total de vagas criadas no país, ou seja, mais da metade. Significa que, de cada dez postos de trabalho gerados no Brasil em outubro, cinco foram nestes três estados.
Vale destacar que todos apresentaram dados melhores que os de setembro deste ano e de outubro de 2022. A propósito, na comparação com setembro, a principal mudança foi a entrada do Paraná no top três, enquanto Pernambuco, que havia criado o segundo maior número de vagas do país em setembro, saiu do top três.
De acordo com os dados do Caged, todas as UFs conseguiram registrar um saldo positivo no acumulado entre janeiro e outubro de 2023. No período, o Brasil criou 1,78 milhão de empregos, número 23,7% menor que o observado no mesmo período de 2022, quando o país criou 2,34 milhões de postos de trabalho.
Entre janeiro e outubro deste ano, os estados com os maiores números de vagas criadas foram:
Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou mais em outubro deste ano, ao menos na base anual. No décimo mês de 2023, o salário médio de admissão era de R$ 2.029,33, levemente menor que o registrado em setembro (R$ 2.032,07). Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 2,74 a menos na passagem mensal, dado considerado estabilidade.
Em contrapartida, o salário cresceu em relação ao valor observado em setembro de 2022 (R$ 2.012,99). A saber, os trabalhadores formais do Brasil receberam R$ 16,34 a mais que há um ano, ou seja, a diferença nem deve ter sido notada pela maioria das pessoas, já que foi bem leve.
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.
Na verdade, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.
O levantamento do Ministério também mostrou que o setor de serviços se destacou na criação de empregos formais no Brasil em outubro de 2023, assim como acontece em praticamente todos os meses.
Veja abaixo quantas vagas cada setor pesquisado criou em outubro:
Em resumo, o setor de serviços liderou a criação de empregos no país em setembro, algo que ocorre em praticamente todos os meses dos anos. O saldo do setor ficou bem maior que o registrado pelos demais grupos. Por isso que o setor é considerado o grande empregador do país.