Nesta semana, o Ministério do Trabalho e Previdência informou que o Brasil criou 130 mil empregos formais em novembro deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.
Na comparação com o mesmo mês de 2022, o saldo de empregos formais gerados no país foi 1,8% maior. Isso porque, em novembro do ano passado, o país criou 127,8 mil postos de trabalho, número bem próximo ao observado no mês passado.
De todo modo, quase todas as 27 unidades federativas (UFs) fecharam o mês com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados, impulsionando o resultado nacional.
São Paulo lidera ranking nacional
Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 36,3% dos empregos formais criados no país em novembro de 2023. O resultado foi semelhante ao de outubro, quando o estado respondeu por 36,5% das vagas criadas no país.
A saber, São Paulo ocupa a primeira posição em praticamente todos os meses do ano, visto que é o estado com a maior concentração populacional do país, além de ser a maior economia estadual brasileira.
Confira abaixo os estados que registraram a maior quantidade de vagas de trabalho criadas em novembro:
- São Paulo: 47.273 vagas;
- Rio de Janeiro: 23.514 vagas;
- Rio Grande do Sul: 11.799 vagas;
- Paraná: 7.842 vagas;
- Pernambuco: 7.664 vagas;
- Bahia: 7.374 vagas.
Em suma, os seis estados criaram 105,5 mil vagas de trabalho em novembro, respondendo por 81% do total de postos de trabalho gerados no país. Entretanto, vale destacar que alguns estados fecharam vagas, ou seja, o número postos criados superou 130 mil, mas o resultado final caiu para essa marca devido ao fechamento de vagas em alguns estados.
Veja os estados que fecharam vagas em novembro
Segundo o Caged, quatro estados fecharam vagas de emprego em novembro no país, limitando os números nacionais. Confira abaixo quais foram:
- Goiás: -7.073 vagas;
- Mato Grosso: -4.178 vagas;
- Piauí: -124 vagas;
- Pará: -51 vagas.
Vale destacar que, em 2023, Goiás nunca havia fechado um mês com dados negativos. Da mesma forma, essa foi a primeira vez no ano que Mato Grosso e Piauí registraram mais desligamentos que admissões em um mês.
Já o Pará teve o segundo mês com dados negativos em 2023. Isso também aconteceu em janeiro, quando o estado nortista fechou quase 2 mil postos de trabalho.
Número de vagas de trabalho criadas em 2023
De acordo com os dados do Caged, todas as UFs conseguiram registrar um saldo positivo no acumulado entre janeiro e novembro de 2023. No período, o Brasil criou 1,91 milhão de empregos, número 23,7% menor que o observado no mesmo período de 2022, quando o país criou 2,47 milhões de postos de trabalho.
Entre janeiro e novembro deste ano, os estados com os maiores números de vagas criadas foram:
- São Paulo: 551.172 mil;
- Minas Gerais: 187.866 mil;
- Rio de Janeiro: 165.701 mil;
- Paraná: 122.794 mil;
- Santa Catarina: 101.062 mil;
- Bahia: 90.007 mil.
Já em relação às regiões brasileiras, os números de vagas de emprego criadas foram os seguintes:
- Sudeste: 945.950 mil;
- Nordeste: 340.776 mil;
- Sul: 300.313 mil;
- Centro-Oeste: 199.038 mil;
- Norte: 126.189 mil.
Trabalhador ganhou menos em novembro
Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou menos em novembro deste ano. No penúltimo mês de 2023, o salário médio de admissão era de R$ 2.021,73, menor que o registrado em outubro (R$ 2.031,36). Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 9,63 a menos na passagem mensal.
Em contrapartida, o salário cresceu em relação ao valor observado em novembro de 2022 (R$ 1.993,75). A saber, os trabalhadores formais do Brasil receberam R$ 27,98 a mais que há um ano, ou seja, a diferença pode ter sido notada por algumas pessoas, mas não por todas, já que não foi muito expressiva.
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.
Por fim, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.