Veja os estados onde a gasolina vai cair a partir desta quinta, 1

Veja os estados onde a gasolina vai cair a partir desta quinta, 1

Com mudança no sistema de cobrança do ICMS, gasolina vai subir na maioria dos estados. Veja lista de unidades da federação

A partir desta quinta-feira (1) a gasolina estará mais cara em quase todas as unidades da federação do país. O movimento ocorre por causa de uma mudança na política de cobrança do ICMS. Até hoje, cada estado faz a sua tributação por meio de porcentagens. A partir de amanhã, todos os estados passarão a cobrar a mesma alíquota de R$ 1,22 por litro.

Na prática, isto significa que todas unidades da federação terão o mesmo valor de ICMS na cobrança do combustível. Assim, os estados que tinham uma alíquota menor do que esta, terão naturalmente um aumento no valor da gasolina. Da mesma forma, estados que tinham uma alíquota maior terão uma redução no preço na bomba.

O preço em cada estado

Por esta lógica, é possível dizer que a grande maioria das unidades da federação terão um aumento no preço do combustível. São locais onde o preço do imposto era menor do que R$ 1,22 e vai passar a ser R$ 1,22. Veja na lista abaixo todos os estados em que haverá um aumento a partir de amanhã:

  • Acre — R$ 1,1854;
  • Amapá –R$ 0,9478;
  • Bahia –R$ 1,1419;
  • Ceará –R$ 1,1534;
  • Distrito Federal –R$ 1,0251;
  • Espírito Santo –R$ 0,9668;
  • Goiás — R$ 0,9328;
  • Maranhão — R$ 1,0961;
  • Minas Gerais — R$ 0,9790;
  • Mato Grosso do Sul — R$ 0,9233;
  • Mato Grosso — R$ 0,9514;
  • Pará — R$ 1,0791;
  • Paraíba — R$ 0,9629;
  • Pernambuco — R$ 0,9643;
  • Paraná — R$ 1,0024;
  • Rio de Janeiro — R$ 1,0129;
  • Rio Grande do Norte — R$ 1,2046;
  • Rondônia — R$ 1,0489;
  • Roraima — R$ 1,0530;
  • Rio Grande do Sul — R$ 0,9298;
  • Santa Catarina — R$ 0,9522;
  • Sergipe — R$ 1,0501;
  • São Paulo — R$ 0,9626;
  • Tocantins — R$ 1,1676.

Note que estes valores correspondem aos patamares atuais das alíquotas que são cobradas hoje nestes estados. Como todos eles são menores do que R$ 1,22, é possível afirmar que a partir de amanhã os motoristas que residem nestes estados passarão a pagar uma gasolina mais cara.

Do outro lado da história estão as unidades da federação que já pagam hoje alíquotas maiores do que R$ 1,22. Para estes casos, a situação se inverte. A partir de amanhã eles passarão a pagar uma alíquota menor, e o preço médio do litro da gasolina vai cair. Apenas três estados estão dentro desta lógica:

  • Alagoas — R$ 1,2553;
  • Amazonas — R$ 1,3306;
  • Piauí — R$ 1,3395.

Aumento amortecido pela Petrobras

Recentemente, a Petrobras anunciou o fim da Política de Paridade Internacional (PPI). Trata-se do sistema que ligava os preços da gasolina no Brasil ao valor do barril de petróleo internacional. Além disso, a estatal também definiu uma queda imediata nos preços da gasolina e do diesel.

Tais mudanças, no entanto, não devem impedir que a gasolina aumente a partir de amanhã nos postos de combustíveis. A maioria dos analistas afirma que o impacto da mudança na alíquota do ICMS será forte na definição nestes valores e não poderá ser coberto.

De todo modo, a avaliação geral é de que as medidas tomadas pela Petrobras devem impedir que a elevação dos preços da gasolina nos postos tenha um impacto ainda maior no bolso dos trabalhadores. Em resumo, sem as decisões da Petrobras a gasolina se tornaria ainda mais cara a partir desta quinta-feira (1).

Novo aumento da gasolina em julho

Vale lembrar que o aumento do combustível programado para esta semana não será o último do ano. Já está confirmada uma nova elevação dos valores a partir do próximo mês de julho, desta vez causada pela reoneração promovida pelo Ministério da Fazenda.

O Ministro Fernando Haddad (PT), no entanto, disse que a Petrobras pode compensar mais este aumento com uma nova redução nos preços.

“Com o aumento (de tributos) previsto para 1º de julho, vai ser absorvido pela queda do preço deixada para esse dia. Nós não baixamos tudo o que podíamos. Justamente esperando o 1º de julho, quando acaba o imposto de exportação e acaba o ciclo de reoneração”, declarou o ministro da Fazenda.

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