Veja lista de pontos que podem ser alterados na Reforma da Previdência

Veja lista de pontos que podem ser alterados na Reforma da Previdência

Em declaração nesta terça-feira (24), Ministro da Previdência listou pontos que podem ser alterados na Reforma da Previdência

Em breve, a Reforma da Previdência poderá passar por uma série de alterações que impactarão a vida de milhões de trabalhadores e segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nesta terça-feira (24), o Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), falou sobre o assunto durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

De acordo com Lupi, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) deverá começar a debater já em 2024, algumas propostas de mudanças no texto da Reforma da Previdência. Trata-se do documento aprovado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que alterou várias regras de concessões de benefícios previdenciários.

As mudanças na Reforma da Previdência

Lupi destacou que o assunto vai começar a ser debatido pelo CNPS “com calma” e reconheceu que a tentativa de alterar regras da Reforma da Previdência tem potencial de gerar muita polêmica no próximo ano. “Vai começar a examinar esse assunto com cuidado, porque isso mexe com as finanças e gera uma polêmica danada”, disse.

Mas quais pontos da Reforma da Previdência serão alterados de fato? Mesmo que uma resposta para esta pergunta ainda não exista, o fato é que o Ministro vem criticando duramente a regra previdenciária que transfere apenas 60% da aposentadoria do marido à esposa em caso de morte.

“Estou apresentando apenas um aspecto que eu defendo. É meu direito como cidadão assumir uma posição. Não estou dizendo que é certo ou errado, mas isso vai ser examinado pelo Conselho”, afirmou o ministro.

Veja lista de pontos que podem ser alterados na Reforma da Previdência
Lupi deu detalhes sobre possíveis mudanças na Reforma da Previdência. Imagem: Valter Campanato/ Agência Brasil

Trabalho presencial

Na mesma sessão, Lupi também falou sobre a questão do trabalho remoto de servidores do INSS. Ele estabeleceu como meta a ideia de colocar todos estes trabalhadores no modo presencial o quando antes. A intenção é justamente acabar com o modelo de trabalho remoto.

Hoje, estima-se que algo entre 30% e 40% do quadro de servidores públicos que atua no INSS esteja em sistema de trabalho remoto, ou seja, trabalham de casa.

“Eu quero todo mundo dentro das agências. Percebo a necessidade dessa população [atendida] de ter o contato humano, de falar, de ouvir. […] A Previdência é mais social do que previdenciária”, disse o ministro no Senado Federal.

Lupi, no entanto, disse que planeja realizar esta mudança com razoabilidade. “Não vamos colocar decreto ou portaria impondo nada a ninguém, mas vamos aos pouquinhos. Ano que vem eu quero 100% [dos servidores] trabalhando nas agências e nas gerências da Previdência Social”, disse o ministro.

Mudanças no consignado do INSS

Desde a última segunda-feira (23), contratos de consignado assinados por segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deverão atender a uma nova regra. De acordo com as informações oficiais, começa a valer a partir desta semana a nova limitação de teto da taxa de juros estabelecida pelo Conselho Nacional de Previdência Social.

Assim, a partir desta semana duas mudanças começam a valer de fato:

  • limite de juros do empréstimo pessoal consignado cai de 1,91% para 1,84% ao mês;
  • limite de juros do empréstimo do cartão de crédito cai de 2,83% para 2,73% ao mês.

Vale frisar que esta regra não indica que todos os cidadãos que solicitarem o consignado deverão ter um juro de 1,84% ao mês. Este é apenas um limite. Os bancos podem escolher qualquer taxa, desde que ela não ultrapasse a marca de 1,84% ao mês.

Esta não é a primeira vez que o CNPS decidiu reduzir o teto máximo da taxa de juros. Em decisão recente, o Conselho já tinha decidido reduzir o teto de 1,97% para 1,91%. No primeiro semestre, outra redução foi de 2,14% para 1,97% ao mês.

Desta vez, a redução foi confirmada depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a taxa Selic, que foi de 13.25% para 12,75% ao ano, ou seja, uma redução de 0,50 ponto percentual. Na visão do Ministério da Previdência, esta queda na taxa básica influenciou a nova queda no teto da taxa de juros do consignado.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?