Veja como acompanhar o eclipse parcial da lua nesta terça-feira (17/09)

Esta terça-feira (17) promete ser um dia especial para os amantes de astronomia. Isso porque espectadores de todo o país terão a oportunidade de observar um eclipse parcial da Lua, o nosso satélite natural.

O eclipse de hoje também poderá ser visível na América do Norte, na Europa, em grande parte da África Ocidental e também em parte da Antártida. Um eclipse ocorre quando o nosso satélite natural e o Sol estão em lados exatamente opostos da Terra.

Também na noite dessa terça-feira (17) os brasileiros poderão ver Saturno brilhando intensamente bem visível perto da Lua. A boa notícia é que você não vai precisar de telescópio, binóculos ou de qualquer outro equipamento especial. Esse movimento também poderá ser visto a olho nu. 

Visibilidade do eclipse

Mas é preciso ter calma. Isso porque, embora o fenômeno possa ser visto no Brasil a olho nu, tudo vai depender do grau de luminosidade que existe na sua região.

Caso o céu esteja nublado, por exemplo, não será possível acompanhar o eclipse lunar de onde você está. Nesse sentido, cabe lembrar também que boa parte do país está nesse momento coberto pela fumaça ocasionada pelos incêndios que estão sendo registrados em todo o Brasil.

É possível que a fumaça das queimadas também atrapalhe a experiência de acompanhar o eclipse lunar parcial programado para hoje.

Internet

De todo modo, caso esse seja o seu caso, você também poderá acompanhar o eclipse por outros meios, como pela internet, por exemplo. Vários canais digitais deverão acompanhar o fenômeno pelo YouTube.

De acordo com as informações de meteorologistas, a previsão é de que o fenômeno do eclipse lunar parcial comece a ser visto pelo país a partir das 21h41 da noite dessa terça-feira (17).

Veja os horários:

• Início do eclipse penumbral às 21:41:07 (NÃO visível a olho nu)
• Início do eclipse parcial às 23:12:58
• Máximo do eclipse parcial às 23:44:18
• Fim do eclipse parcial já no dia 18 às 00:15:38
• Fim do eclipse penumbral no dia 18 às 01:47:27 (NÃO visível a olho nu)

Como funciona um eclipse lunar

Durante um eclipse lunar, a sombra da Terra obscurece a Lua. Essa sombra possui dois tipos: a umbra e a penumbra. Veja na imagem abaixo:

Note que a umbra é a sombra escura que não recebe nenhuma luminosidade do sol. Já no caso da penumbra, a sombra é mais clara  já que ainda recebe luminosidade do sol. 

“A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um pouco de luz do Sol, então, quando a Lua está na penumbra não se percebe nenhuma mudança a olho nu. Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar alguma. À medida que a Lua avança na umbra ela vai ficando com uma “mordidinha” escura, que vai crescendo cada vez mais até o máximo do eclipse parcial”, explica Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON).

“Como a sombra da Terra é bem grande em relação à Lua, quando a Lua entra na sombra da Terra, quem estiver vendo, vê a Lua eclipsada. Ou seja, para os locais onde é noite na hora do eclipse, será visível: o que vai diferir de um local para outro é a altura da Lua no céu”, completa a especialista.

Calendário de eclipses

Normalmente, os eclipses chamam muita atenção da sociedade. Desde a antiguidade, esses fenômenos eram vistos com muita curiosidade pelas pessoas. Algumas culturas e religiões costumavam acreditar que esse tipo de fenômeno seria algum tipo de recado dos deuses, por exemplo.

Atualmente, algumas pessoas ainda acreditam que os eclipses podem ter algum tipo de impacto na vida das pessoas. Mas a grande maioria dos cientistas acredita que esse fenômeno é puramente científico.

Independente da sua opinião sobre o assunto, você pode conferir abaixo o calendário de eclipses que estão programados para esse ano de 2024:

• 24-25 de março – Eclipse penumbral da Lua (visível em todo o país);
• 8 de abril – Eclipse solar total (não visível no Brasil);
• 17-18 de setembro – Eclipse lunar parcial (visível em todo o país, de forma tênue);
• 2 de outubro – Eclipse solar anular (visível em boa parte do país como parcial).