A cesta de consumo ficou mais cara em cinco dos oito locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) em junho. Isso quer dizer que os brasileiros tiveram que pagar um pouco mais caro nas idas para o supermercado, ao menos no geral.
Em resumo, o levantamento revela o valor da cesta de consumo básico em oito cidades do país. Aliás, os dados fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV Ibre e foram divulgados nesta semana pela entidade.
De acordo com o levantamento, a alta mais intensa foi registrada em Manaus, onde os preços subiram 5,3% em relação ao valor médio observado em maio. Os outros avanços foram os seguintes: Curitiba (4,7%), São Paulo (3,1%), Belo Horizonte (2,2%) e Fortaleza (0,3%).
Em contrapartida, a cesta de consumo ficou mais baratas nas outras três capitais pesquisadas: Rio de Janeiro (-4,8%), Salvador (-2,7%) e Brasília (-0,8%). Nestes locais, os consumidores conseguiram economizar um pouco em relação ao mês anterior.
Veja os preços médios das cestas de consumo pelo país
Após o acréscimo dos resultados de junho, o ranking nacional teve algumas mudanças. Contudo, o primeiro lugar continuou com o Rio de Janeiro, que seguiu com a cesta de consumo básico mais cara do país, assim como ocorreu nos meses anteriores.
Confira abaixo o valor da cesta em cada local pesquisado:
- Rio de Janeiro: R$ 981,61;
- São Paulo: R$ 946,26;
- Curitiba: R$ 823,66;
- Fortaleza: R$ 822,15;
- Brasília: R$ 795,98;
- Salvador: R$ 757,62;
- Manaus: R$ 715,88;
- Belo Horizonte: R$ 654,03.
Na comparação com maio, três cidades mudaram de posição. Como na parte do meio da tabela os valores são bem próximos, qualquer variação mais intensa pode alterar as posições, e foi justamente isso o que aconteceu em junho. Isso porque Curitiba, que tinha a quinta cesta mais cara do país em maio, subiu para a terceira posição, ultrapassando Fortaleza e Brasília, que caíram uma posição, cada. As demais capitais se mantiveram nas mesmas posições.
Itens impulsionam cesta de consumo
Em junho, alguns itens exerceram fortes impactos no valor da cesta de consumo no país, com destaque para leite UHT, café em pó e em grãos, arroz e frango. A saber, entre os 18 itens pesquisados pelo FGV Ibre, estes foram os únicos itens a ficarem mais caros nas oito cidades do levantamento.
No caso do leite UHT, as maiores altas ocorreram em Curitiba (13,9%) e Belo Horizonte (10,8%). Em seguida, ficaram Brasília (9,3%), São Paulo (8,4%), Rio de Janeiro (8,2%) e Salvador (6,0%). Já os menores avanços foram registrados em Fortaleza (2,3%) e Manaus (3,4%).
Em relação ao café em pó e em grãos, as variações oscilaram entre 6,5%, em Brasília, e 1,0%, em Belo Horizonte. O arroz teve altas menos expressivas, entre 0,4%, em Manaus, e 3,1%, em Curitiba. Da mesma forma, o frango subiu pouco em Manaus (0,2%), bem como em São Paulo (0,5%) e Brasília (0,7%), enquanto maior avanço veio de Belo Horizonte (5,1%).
De modo diferente, o feijão foi o alimento que mais caiu no mês passado. As quedas oscilaram entre -0,4%, em Curitiba, e -4,0%, em Belo Horizonte. Ainda assim, o item ficou mais caro em Brasília (3,0%) e São Paulo (1,7%).
Além disso, as frutas ficaram mais baratas em cinco capitais, com destaque para as quedas no Rio de Janeiro (-8,5%) e em Brasília (-7,2%). Já o pão, a carne suína e os legumes registraram queda em quatro locais.
Veja o valor da cesta nos locais pesquisados
A pesquisa da FGV também revelou o valor da cesta de consumo ampliada nos oito locais pesquisados. Nesse caso, os preços subiram em seis cidades: Curitiba (6,1%), Fortaleza (5,3%), São Paulo (3,4%), Manaus (2,9%), Brasília (2,8%) e Belo Horizonte (-0,1%).
Por outro lado, o valor caiu 0,3% em Salvador, em relação a maio. Já no Rio de Janeiro, o valor médio da cesta de consumo ampliada teve variação nula (0,0%) de um mês para o outro.
Após essas variações, as cestas de consumo ampliadas atingiram os seguintes valores em junho:
- Rio de Janeiro: R$ 2.283,45
- São Paulo: R$ 2.138,63
- Brasília: R$ 1.983,85
- Fortaleza: R$ 1.900,68
- Curitiba: R$ 1.877,51
- Salvador: R$ 1.708,90
- Belo Horizonte: R$ 1.637,53
- Manaus: R$ 1.502,89
Na passagem de maio a junho, não houve qualquer mudança no ranking nacional de preços da cesta de consumo ampliada. Em suma, o Rio de Janeiro seguiu na liderança, assim como ocorreu com a cesta de consumo, mas a diferença de valores em relação a São Paulo diminuiu.
Aliás, a capital paulista iniciou 2024 na liderança, mas as altas registradas na capital fluminense a fizeram assumir o posto de local com os preços mais elevados do país.